Aos 91 anos, escritor Ziraldo morre no Rio de Janeiro, deixando uma lacuna imensurável na literatura mundial | Reprodução
O cartunista, chargista, escritor e dramaturgo Ziraldo Alves Pinto faleceu neste sábado (6), aos 91 anos, em sua casa no Rio de Janeiro. Apesar da confirmação da informação pela família, não houve informação acerca da causa da morte.
Ziraldo se trata de um dos nomes mais importantes da literatura infantil brasileira. Principalmente, por obras como “O Menino Maluquinho”, “Flicts”, “O Bichinho da Maçã” e “A Turma do Pererê”. Seus livros venderam mais de 80 milhões de exemplares em todo o mundo, ao passo que foram traduzidos para diversos idiomas.
Carreira marcada pela criatividade e humor
Escritor Ziraldo morre no Rio de Janeiro | Reprodução
Ziraldo nasceu em Caratinga, Minas Gerais, em 1932. Começou sua carreira como cartunista no jornal Folha da Manhã (atual Folha de S. Paulo) em 1954. Na década de 1960, integrou a equipe do jornal satírico O Pasquim, onde se destacou por suas charges críticas à ditadura militar.
Ao longo de sua carreira, Ziraldo publicou mais de 50 livros, incluindo obras infantis, quadrinhos, crônicas e peças de teatro. Recebeu diversos prêmios, entre eles o Prêmio Jabuti de Literatura, o Prêmio Hans Christian Andersen e o Prêmio Nobel Internacional de Humor.
Academia Brasileira de Letras
Porém, assim como outros grandes escritores, tais como Carlos Drummond de Andrade e Clarice Lispector, Ziraldo não integrou as fileiras da pomposa Academia Brasileira de Letras. Em 2006, aos 73 anos, quando chegou a pensar em pleitear a cadeira de número 29, Ziraldo desistiu. Preferiu, na época, apoiar o colecionador de livros raros e preciosos, José Mindlin.
Herança cultural
Em suma, Ziraldo deixa um legado imenso para a cultura brasileira. Sua obra influenciou gerações de leitores e artistas. Certamente, sua criatividade, humor e irreverência continuarão a inspirar crianças e adultos por muitas gerações.
