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Entregador é quase linchado por crime que não cometeu

Entregador é quase linchado por crime que não cometeu

Entregador é quase linchado por crime que não cometeu | Reprodução

Na última sexta-feira (30), um entregador foi brutalmente agredido e quase linchado em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, após ser falsamente acusado de roubo. Jean Wellington Alves, de 25 anos, estava aguardando em um ponto de ônibus em frente ao shopping Rio Sul quando foi surpreendido pelo psicólogo Lélio Fernando Martins, que o acusou de ter roubado seu celular.

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Segundo o advogado Paulo Guilherme Alves, que estava presente no momento da agressão e interveio para proteger Jean, Lélio alegou que o entregador tinha características semelhantes às do indivíduo que o assaltou no Flamengo, um bairro distante de onde a abordagem ocorreu.

“Jean estava no ponto de ônibus após um dia de trabalho, aguardando para ir embora. De repente, foi atacado por um homem branco que o acusou de roubar seu celular. Esse senhor alegou ter seguido o suposto assaltante de táxi até o Rio Sul, identificando Jean por sua aparência física semelhante”, explicou o advogado.

Ao ser abordado por Lélio, outras pessoas se aproximaram e começaram a agredir Jean, imobilizando-o. Nesse momento, Lélio tomou o celular do entregador e tentou, sem sucesso, desbloqueá-lo. A situação só foi contida com a chegada de uma guarnição da Polícia Militar.

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O advogado Paulo Guilherme acredita que o caso é mais um exemplo de racismo contra pessoas negras na Zona Sul do Rio. “O celular era realmente de Jean, e ele quase foi linchado por uma acusação falsa”, declarou o advogado.

Durante o registro da ocorrência, Lélio, que também é servidor do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), negou ter acusado Jean de roubo ou de ter proferido qualquer ofensa racial. O caso foi registrado na 10ª DP (Botafogo), onde a Polícia Civil investiga a possibilidade de Jean ter sido vítima de calúnia e injúria. Além do entregador e do psicólogo, outras testemunhas já foram ouvidas.

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