No próximo dia 31 de agosto, a ativista Maria da Penha, que deu nome à lei de apoio às mulheres vítimas de agressão, será a convidada especial da Coordenadoria de Políticas e Direitos das Mulheres (Codim) para encerrar o projeto Agosto Lilás. O evento acontecerá de forma virtual no auditório da Associação Comercial e Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Acierj), com entrada gratuita.
O projeto Agosto Lilás tem como objetivo conscientizar a população sobre a violência doméstica. Maria da Penha conhece bem essa realidade, pois sofreu duas tentativas de feminicídio por parte de seu então marido. Em uma delas, ele atirou nela e tentou simular um assalto; na outra, ele tentou eletrocutá-la enquanto ela tomava banho. As agressões deixaram Maria da Penha paraplégica. Foi somente em outubro de 2002, quase 20 anos após as agressões, que seu agressor foi condenado.
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O caso de Maria da Penha chamou a atenção da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) e foi considerado o primeiro crime de violência doméstica na história. Hoje, Maria da Penha é uma ativista pelos direitos das mulheres e preside o Instituto Maria da Penha, em Fortaleza.
O bate papo virtual com Maria da Penha será conduzido por Thamyris Elpídio, coordenadora da Codim, e Fernanda Sixel, idealizadora da campanha “Amor Não Causa Dor”, mote das comemorações do Agosto Lilás. Após a conversa com a ativista, haverá uma mesa redonda com a presença da delegada Elisa Borboni de Andrade e da psicóloga Adriana Lins.
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A coordenadora da Codim ressalta a importância de conversar com Maria da Penha, que é um exemplo de força e perseverança. Ela destaca que a violência contra as mulheres é uma realidade e que é necessário fortalecer as políticas públicas de prevenção e apoio às vítimas. Em Niterói, 200 mulheres já conseguiram romper com o ciclo abusivo por meio do programa Auxílio Social.
Fernanda Sixel reforça a necessidade de divulgar as leis que protegem as mulheres e a rede de proteção. Ela ressalta que a violência doméstica não é um problema privado, mas sim uma questão social que exige o envolvimento de toda a sociedade. A mensagem do evento é clara: amor não causa dor e é preciso acabar com a violência.
O público poderá participar presencialmente no auditório ou de forma online pelos perfis do Facebook e Instagram da Prefeitura Municipal de Niterói e das Mulheres de Niterói. É uma oportunidade de aprender e contribuir para o combate à violência doméstica.