A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (20), a operação Fugere Urbem para apurar a apresentação de documentos com assinaturas supostamente falsas durante o requerimento de emissão de passaportes, no Posto da PF em Cabo Frio. Um dos alvos é apontado como comparsa de Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”.
Os policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão e duas medidas cautelares alternativas, expedidas pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro..
A investigação, conduzida pela Força-Tarefa da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, começou a partir das suspeitas envolvendo a esposa de um dos investigados na “Operação Kryptos”. Ela solicitou à Polícia Federal a emissão de passaporte e autorização para viagem do filho menor apresentando documentos com assinaturas supostamente falsas.
O envolvido é um dos principais operadores financeiros do esquema de criptomoedas revelado na “Operação Kryptos”, e está foragido da Justiça desde setembro de 2023.
A Operação “Fugere Urbem” foi deflagrada para esclarecer as possíveis fraudes e o envolvimento de terceiros na sua confecção. Além disso, a PF interrompeu a fuga familiar dos investigados para o exterior.
Além do mandado de busca e apreensão, a justiça determinou aos investigados o cumprimento de medidas cautelares alternativas. Entre elas está a proibição de se ausentar do país e de retenção de passaporte.
Os investigados poderão responder judicialmente pelos crimes de falsificação de documento, uso de documento falso e associação criminosa, cujas penas somadas podem ultrapassar 12 anos de prisão.
O material apreendido nas buscas será submetido à análise da equipe de investigação e à perícia criminal, podendo surgir novos fatos e pessoas investigadas. A PF ainda explicou que Fugere urbem é uma expressão em latim que significa “fugir da cidade”.