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Carnavalesca Márcia Lage morre aos 64 anos

Carnavalesca Márcia Lage morre aos 64 anos

Carnavalesca Márcia Lage morre aos 64 anos | Divulgação

A carnavalesca Márcia Lage, renomada figura do Carnaval carioca, faleceu neste domingo (19), aos 64 anos, vítima de leucemia. A Mocidade Independente de Padre Miguel, onde atuou por vários carnavais, confirmou a informação e decretou a suspensão das atividades sociais por tempo indeterminado. O sepultamento está marcado para esta segunda-feira (20), no Cemitério e Crematório Memorial do Carmo, no Caju, Zona Norte do Rio de Janeiro.

História e legado na Mocidade e outras escolas

Márcia Lage iniciou sua trajetória como carnavalesca na Mocidade Independente de Padre Miguel nos anos 1990, ao lado de seu marido, Renato Lage. Ainda assinando como Márcia Lávia, desenvolveu enredos marcantes para a agremiação. Posteriormente, o casal se destacou no Salgueiro, onde permaneceu entre 2003 e 2017, criando desfiles icônicos e consagrando-se no Carnaval carioca.

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Em carreira solo, Márcia também brilhou no Império Serrano. Em 2008, foi campeã no Grupo de Acesso com um enredo sobre Carmen Miranda. No ano seguinte, conduziu a reedição de “A Lenda das Sereias, Rainhas do Mar”. Em 2018, a dupla esteve à frente do carnaval da Acadêmicos do Grande Rio. Mais recentemente, trabalharam juntos na Portela, onde desenvolveram o desfile em comemoração ao centenário da escola.

Trajetória e influência no barracão

Formada pela Escola de Belas Artes da UFRJ, Márcia Lage também atuou como cenógrafa, sendo responsável pela decoração de camarotes na Sapucaí, como o tradicional Rio Samba e Carnaval. Conhecida por seu profissionalismo, costumava acompanhar de perto os trabalhos no barracão, ao lado de Renato. A rotina do casal incluía o desenvolvimento de figurinos e projetos de alegorias em seu escritório na Barra da Tijuca.

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Sua última aparição pública foi no quadro “Enredo & Samba”, apresentado por Milton Cunha no “RJ1” da TV Globo, na quarta-feira (15). Márcia estava desenvolvendo o enredo “Voltando para o futuro – Não há limites pra sonhar”, para a Mocidade Independente de Padre Miguel, no Carnaval deste ano.

Repercussão e homenagens no mundo do samba

Diversas personalidades do samba manifestaram pesar pelo falecimento da carnavalesca. Fabíola de Andrade, rainha de bateria da Mocidade, escreveu:

“Sua partida deixa um vazio profundo em nossos corações, mas seu legado permanecerá eternamente em nossas memórias”.

O intérprete da escola, Zé Paulo Sierra, afirmou:

“Seguiremos honrando seu trabalho. Que Deus te receba na luz”.

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Escolas de samba também se despediram nas redes sociais. A Beija-Flor destacou o legado da artista:

“Deixa um legado gigantesco para o Carnaval carioca”.

Unidos da Tijuca e São Clemente também lamentaram a perda. O governador Cláudio Castro ressaltou a importância de Márcia para a história cultural do Rio de Janeiro:

“Seu trabalho continuará vivo nas memórias de todos que amam o Carnaval”.

Despedida emocionada

O sepultamento de Márcia Lage está marcado para as 16h30 desta segunda-feira, com velório a partir das 13h30. A comunidade do samba e admiradores de seu trabalho reúnem-se para prestar as últimas homenagens à artista que dedicou sua vida ao brilho e à grandiosidade do Carnaval carioca.

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