Nesta segunda-feira (09), uma cena rara foi registrada nas águas da Baía de Sepetiba, com mais de 30 golfinhos da espécie boto-cinza nadando ao redor de uma baleia-franca. O espetáculo natural foi flagrado por uma equipe de monitoramento do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que capturou o momento de harmonia entre os mamíferos marinhos.
O vídeo, rapidamente compartilhado nas redes sociais, encantou os internautas. Muitos elogiaram a beleza do encontro:
“Eles são incríveis!”, comentou uma usuária.
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Esse tipo de interação entre golfinhos e baleias é incomum na região, o que tornou o registro ainda mais especial.
De acordo com o especialista Leonardo Flach, as baleias-franca passam pelo litoral carioca para descansar antes de seguirem rumo ao seu habitat no sul do Brasil. Embora não seja parte regular da rota dessa espécie, a visita se dá em momentos de reprodução.
No sábado (08), outro fenômeno da vida marinha chamou atenção na Região dos Lagos. Um lobo-marinho subantártico foi encontrado descansando na Praia do Pontal, em Arraial do Cabo. A presença do animal surpreendeu banhistas e especialistas.
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O coordenador do Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos), Salvatore Siciliano, explicou que o mamífero provavelmente se perdeu de seu grupo ao seguir correntes marítimas erradas.
Esse comportamento é similar ao dos pinguins que também chegam às praias brasileiras exaustos após longas jornadas pelo oceano.
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Durante a permanência do lobo-marinho na praia, biólogos e veterinários do GEMM-Lagos e do instituto BW, responsáveis pelo Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Bacia de Campos, acompanharam de perto o animal.
Apesar do cansaço, o mamífero estava saudável e apenas precisava de descanso. A área onde o lobo-marinho repousava foi isolada para garantir sua tranquilidade.
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No domingo (09), após um dia de repouso, o animal voltou ao mar. No entanto, segundo Salvatore, não é possível afirmar se ele encontrará novamente seu grupo ou retornará ao habitat natural.
“É difícil monitorar o retorno, já que não há rastreadores duráveis o suficiente para acompanhar o animal até seu destino final”, explicou o biólogo.
Embora o litoral do Rio de Janeiro não seja o habitat natural dos lobos-marinhos subantárticos, é comum avistar esses animais na costa, especialmente no inverno.
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Essa espécie vive em colônias nas ilhas subantárticas, localizadas ao redor da Antártida, e geralmente aparece no Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul. O fenômeno está ligado às correntes marítimas, como a das Malvinas, e não às temperaturas da água.