A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo identificou norovírus em amostras de fezes humanas analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, na capital paulista. Essas amostras tiveram sua coleta realizada na Baixada Santista, onde o aumento nos atendimentos de pacientes com gastroenterite. Autoridades de saúde classificaram como surto. O município do Guarujá registrou o maior número de casos. Entretanto, Santos e Praia Grande também enfrentaram uma alta significativa de ocorrências.
Nos últimos anos, outras cidades, como Florianópolis e Salvador, também lidaram com surtos de norovírus.
Em janeiro de 2023, autoridades da Califórnia, nos Estados Unidos, recomendaram evitar ostras cruas provenientes de partes do México, após mais de 200 pessoas apresentarem sintomas de doenças gastrointestinais.
Ostras e Outros Alimentos de Risco
O consumo de ostras cruas é uma das principais causas de intoxicação alimentar. Como organismos filtradores, ostras podem acumular germes como Vibrio e norovírus em seus tecidos. Além disso, mariscos crus, como mexilhões, amêijoas e búzios, também apresentam riscos. Para reduzir a chance de infecção, a orientação é consumir esses alimentos sempre cozidos.
Outro item frequentemente associado a intoxicações alimentares é a alface embalada em sacos plásticos. Embora geralmente segura, ela pode conter patógenos como E. coli, Salmonella e Listeria, especialmente se não for armazenada adequadamente ou higienizada antes do consumo. O consumo rápido após a compra e a refrigeração correta são indispensáveis para a segurança.
O que é Norovírus?
O Norovírus é o principal causador de doenças gastrointestinais de curta duração, provocando sintomas como diarreia, vômitos, febre, náuseas, dor abdominal, cansaço e dores musculares. Esse vírus é altamente contagioso e pode permanecer em superfícies, aumentando as chances de transmissão.
A infecção ocorre por meio de alimentos ou água contaminados e pelo contato direto com pessoas infectadas. Embora os sintomas desapareçam em até três dias, casos graves podem exigir cuidados médicos.
A coordenadora de saúde Regiane de Paula destacou a importância das investigações em andamento.
“Estamos trabalhando com a Cetesb, Sabesp e os municípios da Baixada Santista para identificar a origem da contaminação”, afirmou em nota oficial.
Tratamento e Cuidados
O tratamento básico envolve repouso e hidratação, enquanto analgésicos e antitérmicos ajudam a aliviar os sintomas. Contudo, apenas utilize remédios apenas sob orientação médica. Em casos graves, a hidratação intravenosa pode ser necessária, embora hospitalizações sejam raras. Crianças e idosos requerem atenção redobrada devido à vulnerabilidade à desidratação severa.
Como Prevenir a Infecção?
- Lave bem as mãos antes de preparar e consumir alimentos.
- Evite alimentos crus ou malcozidos, especialmente mariscos.
- Refrigere adequadamente os alimentos, assim como observe a qualidade do armazenamento nos supermercados.
- Não entre no mar nas 24 horas após chuvas fortes.
- Leve lanches próprios em passeios e armazene-os corretamente.
- Certifique-se da higiene de estabelecimentos comerciais.
- Evite consumir produtos como gelo, raspadinhas, sacolés e água de origem desconhecida.
Em suma, a adoção dessas medidas minimiza os riscos e garantir a saúde de toda a família.