A Polícia Civil investiga um caso de agressão contra um protetor de gatos. O incidente ocorreu na tarde de quinta-feira (03) em um gatil localizado em um condomínio na Gávea, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A vítima, Carmo Souza Dias dos Santos, de 64 anos, sofreu um rompimento do baço após ser agredido com um cassetete.
Adriana Santos, de 55 anos, esposa da vítima, relatou que o marido estava cuidando de gatos doentes quando um homem em situação de rua se aproximou, pedindo dinheiro.
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Carmo, generoso, decidiu ajudar o homem. Enquanto conversava, ele continuou a alimentar os felinos. No entanto, ao perceber a interação, o agressor desceu de seu imóvel armado com um cassetete e iniciou uma discussão com Carmo.
“Meu marido sempre ajudou essa pessoa que pede dinheiro. Ele foi gentil ao oferecer ajuda e a conversar. Infelizmente, a situação se agravou”, contou Adriana.
As agressões ocorreram dentro do gatil, e embora uma câmera de segurança tenha registrado Carmo cuidando dos gatos, a gravação congelou durante a agressão. Quando a imagem retornou, o suspeito estava saindo do local, e Carmo foi encontrado caído no chão, com a mão na barriga. A esposa da vítima suspeita que uma segunda pessoa possa ter manipulado a câmera.
“É uma situação muito grave. Este indivíduo nunca aceitou nosso trabalho no condomínio, mesmo com autorização do síndico. Ele sempre foi hostil e agressivo durante as reuniões. Não esperávamos que isso pudesse acontecer”, afirmou Adriana.
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Após o ataque, Carmo foi socorrido e encaminhado ao Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), ele deixou a unidade por conta própria, mesmo após o atendimento.
Na madrugada de sexta-feira (04), Carmo foi levado ao Hospital Copa D’or, onde chegou com trauma abdominal. Ele passou por cirurgia e, atualmente, apresenta estabilidade clínica, mas ainda não há previsão de alta. Adriana relatou que o baço do marido foi rompido e que ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“Estamos preocupados e queremos justiça. O ódio demonstrado por esse agressor é incompreensível. Estamos apenas tentando ajudar a comunidade local. Esse tipo de situação nos deixa inseguros. Minha família teme pela nossa segurança, e meus filhos tiveram que deixar a casa”, desabafou Adriana.
O caso é investigado pela 15ª DP (Leblon). A Polícia Civil informou que a vítima já foi ouvida e encaminhada para exame de corpo de delito. O suspeito será convocado para prestar depoimento, e a corporação está realizando diligências para apurar os fatos.