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Torcida do Fluminense faz festa na Times Square, mas sofre com caos e calor no Mundial

Torcida do Fluminense faz festa na Times Square, mas sofre com caos e calor no Mundial | Vicente Dattoli/Folha do Leste

A poucas horas do confronto entre Fluminense e Ulsan HD, válido pela segunda rodada do Mundial de Clubes da Fifa, o que se viu foi um contraste digno de roteiro cinematográfico: de um lado, a festa épica da torcida tricolor nas ruas de Nova Iorque; do outro, o caos e o sofrimento sob um sol escaldante, nos arredores do MetLife Stadium.

TIMES SQUARE É DOMINADA PELO TRICOLOR

Pela manhã, a Times Square foi tomada por uma verdadeira multidão verde, branca e grená. Camisas, bandeiras, instrumentos e cantos de guerra deram o tom da festa. Em meio aos prédios imponentes, os tricolores transformaram o coração da cidade que nunca dorme em uma espécie de Maracanã a céu aberto.

🚩 “NEW YORK FLU” estampado nos bandeirões, gente em cima de carros, batuque forte e vozes unidas gritando “Nense! Nense!”. Um espetáculo que parou o trânsito e chamou a atenção de nova-iorquinos e turistas, que filmaram, aplaudiram e registraram o momento histórico.

“Ver isso aqui é de arrepiar. A gente viajou milhares de quilômetros, mas parece que estamos em casa”, disse um torcedor emocionado diante da loja da Disney.

O CALOR VIROU INIMIGO

Mas o clima de euforia durou até o momento de ir para o estádio. Com o termômetro batendo 40ºC, a torcida tricolor passou do samba à resistência física. Mesmo com tendas montadas do lado de fora do MetLife Stadium, o acesso só foi liberado duas horas antes da partida — o que deixou idosos, crianças e pessoas com deficiência expostos ao calor desumano.

O jornalista Vicente Dattoli, enviado especial da FOLHA DO LESTE, relatou o caos:

“Podiam ao menos deixar o pessoal debaixo das tendas. Ficar ali no sol escaldante, com criança, idoso, deficiente… é um absurdo!”, disparou Dattoli, refugiado na sombra de uma ambulância que distribuía água para evitar desmaios.

SINAL VERMELHO PARA A COPA DE 2026?

A organização do Mundial já começa a levantar questionamentos mais sérios: se nem para o Mundial de Clubes há estrutura mínima contra o calor, o que esperar da Copa do Mundo, que será realizada em parte nos Estados Unidos no próximo ano?

“Vamos ver como vão resolver isso para a próxima fase… ou para a Copa do Mundo no ano que vem”, alertou Dattoli, em tom crítico.

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