Os quiosques interditados de forma irregular na Avenida Isabel Domingues, no bairro da Gardênia Azul, Zona Oeste do Rio de Janeiro, começaram a reabrir na manhã desta quinta-feira (20).
A Guarda Municipal e a Subprefeitura de Jacarepaguá acompanham a retomada das atividades para garantir a segurança dos comerciantes e frequentadores. Segundo investigação policial, a ordem de fechamento dos estabelecimentos teria sido determinada por integrantes de uma organização criminosa.
Policiamento reforçado na região
A Polícia Militar, por meio do 18º BPM (Jacarepaguá), intensificou a segurança na região. Equipes atuam com patrulhamento ostensivo e pontos fixos para monitorar possíveis alterações na ordem pública. Comerciantes e moradores continuam apreensivos, temendo a imposição de taxas por parte do tráfico de drogas para permitir o funcionamento dos estabelecimentos.
Tentativa de controle por facção criminosa
Na quarta-feira (19), os comerciantes foram surpreendidos com placas de interdição afixadas nos quiosques. O aviso determinava que os donos comparecessem à sede da Associação de Moradores, na Rua Peroba, número 378, portando documentos pessoais, comprovante de residência e certificado de posse emitido pela Prefeitura do Rio.
A Polícia Civil foi acionada para investigar a situação. De acordo com as autoridades, uma facção criminosa estaria se apropriando de quiosques construídos pela prefeitura e cedidos aos comerciantes locais. A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) também participou da operação, reforçando que não houve interdição oficial dos estabelecimentos.
Prefeito nega interdição e garante funcionamento dos quiosques
A Prefeitura do Rio esclareceu que não determinou o fechamento de nenhum quiosque. O Secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, e o Subprefeito de Jacarepaguá, Igor Lima, reuniram-se com os proprietários dos estabelecimentos para reforçar que não há qualquer proibição para o funcionamento.
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A administração municipal destacou que a única cobrança devida pelos comerciantes é a Taxa de Utilização de Área Pública, exigida a todos os trabalhadores ambulantes da cidade.
Prisão de envolvidos na interdição irregular
Durante a operação, policiais civis da 32ª DP (Taquara), com apoio da Polícia Militar, prenderam dois funcionários da Associação de Moradores da Gardênia Azul. Segundo a investigação, eles estavam recebendo a documentação dos comerciantes após a interdição irregular dos quiosques.
Os suspeitos foram encontrados na sede da Associação e autuados por usurpação de função pública qualificada, pois exerciam indevidamente uma atividade exclusiva do poder público. Durante a abordagem, os agentes apreenderam computadores e documentos que serão analisados para aprofundar as investigações.
Investigações seguem em andamento
A Polícia Civil segue apurando a atuação da organização criminosa na região. As diligências conduzidas até o momento indicam uma relação entre o grupo que controla o tráfico de drogas e a Associação de Moradores.
O objetivo seria o controle de imóveis residenciais e comerciais na área. A investigação busca identificar outros envolvidos e esclarecer a extensão das atividades criminosas na Gardênia Azul.