Até o início desta Data Fifa, que na América do Sul começa hoje e vai até terça-feira, dia 25, a seleção brasileira ocupa um modesto quinto lugar nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026, sem dúvida alguma sua pior participação no torneio em toda a história.
Para o jogo desta quinta-feira, em Brasília, contra a Colômbia (que está em quarto lugar), todos os ingressos estão esgotados, de acordo com as informações oficiais, apesar de os preços não serem nem um pouco amigáveis. A torcida sente falta de sua seleção e pretende apoiar.
Uma combinação favorável de resultados nas duas rodadas que serão realizadas pode levar o Brasil à vice-liderança, atrás apenas da Argentina, nossa próxima adversária, em Buenos Aires. Se, porém, os resultados forem adversos, podemos fechar a Data Fifa numa vergonhosa sétima colocação, lutando por uma repescagem para ir ao Mundial do próximo ano.
Uma vitória sobre a Colômbia (resultado absolutamente normal), levará paz e tranquilidade ao grupo, dando sobrevida no cargo ao treinador Dorival Jr; uma derrota, porém (outro resultado que não pode ser descartado), colocará todo o trabalho até aqui realizado sob suspeição. E não há garantias de que o técnico sobreviverá para uma nova Data Fifa.
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Mesmo com todas as dúvidas, Dorival Jr convocou Neymar Jr para os dois jogos. Teve de cortá-lo, ou melhor, desconvocar, porque o jogador está contundido – e não vou, aqui, entrar no mérito das estripulias extracampo como fatores para que sua recuperação não tenha acontecido. A torcida, assim que soube da convocação, correu para comprar os ingressos. Agora, frustração.
Paquetá, contundido, está fora da equipe. Está, também, sendo julgado por envolvimento em apostas. O treinador anterior, Fernando Diniz, que muitos insistem em culpar pelos maus resultados (até hoje…), não o chamava. Dorival Jr insistiu, desta vez conseguiu a boa desculpa da contusão, mas está cheio de dúvidas para armar o time.
Alguém que acompanhe mais de perto dirá que o autor da matéria exagera ao falar em dúvidas para armar a seleção. André era, até outro dia, titular absoluto. Hoje, não se sabe. João Pedro parece ter tirado a vaga de Savinho, até então uma das meninas dos olhos de Dorival Jr. Joeliton e Gerson lutam por uma vaga no meio-campo. E temos outros problemas na (in)definição dos 11 titulares.
A seleção brasileira precisa mostrar jogo contra a Colômbia. Seria hipocrisia falar que, se jogar bem, qualquer resultado compensa. Não. O Brasil precisa vencer e convencer. Vencer para sair da ridícula quinta colocação; convencer para que o torcedor volte a se interessar pela camisa amarela que já encantou o mundo e, hoje, provoca desconfianças dentro sua própria casa.