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Zanin passa pela primeira sabatina no Senado

Cristiano Zanin, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Lula da Silva, foi sabatinado na manhã desta quarta-feira (21) pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Com uma fala inicial de 26 minutos, o advogado se apresentou para cerca de 30 senadores que se inscreveram para fazer perguntas.

Zanin destacou sua experiência no Direito e afirmou que se sente preparado para atuar no STF. Ele se considera um ferrenho defensor da Constituição brasileira e um crítico atento às violações de direitos e garantias fundamentais. Desde que se tornou advogado, liderou mais de 100 processos julgados no STF e mais de 550 julgados no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O advogado também defendeu sua atuação na defesa do ex-presidente Lula nos processos da operação Lava Jato, ressaltando que sua carreira, embora marcada basicamente no direito empresarial, sempre procurou desempenhar a função com maestria, acreditando no que é mais caro para qualquer profissional do Direito: a justiça.

Zanin destacou a distinção dos papéis entre um advogado e um ministro do STF e afirmou que sua atuação na iniciativa privada seguiu rigorosamente as leis brasileiras, sob a ótica da lisura e do fazer justiça, defender a democracia e o Estado democrático de direito. Além disso, enfatizou a importância da defesa da democracia e da liberdade de expressão, fundamentais em uma sociedade democrática.

O advogado não deixou de esclarecer críticas que de ser um “advogado pessoal” ou um “advogado de luxo”, por ter atuado em casos individuais ou defendido causas empresariais de grupos econômicos importantes. Para ele, o mais importante é sempre seguir as premissas análogas a de um juiz, se manter em equilíbrio emocional e intelectual, ter senso de justiça sem nunca desacreditar nas leis e nas instituições brasileiras e seguir com independência de atuação para garantir justiça num país com pilares democráticos sólidos, como é o Brasil.

No fim da sabatina, Zanin afirmou que não deve mudar de lado. “O meu lado sempre foi o mesmo, o lado da Constituição, o das garantias, o do amplo direito de defesa, do devido processo legal. Para mim, só existe um lado; o outro é barbárie, é abuso de poder”.

Agora, cabe aos senadores da CCJ avaliar a indicação do advogado para o cargo mais alto do judiciário brasileiro.

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