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Viradouro já tem samba para o carnaval 2024; ouça

Torcida do samba campeão derrama a sua proteção pra vitória da Viradouro | Rafael Arantes/Divulgação Viradouro

Torcida do samba campeão derrama a sua proteção pra vitória da Viradouro | Rafael Arantes/Divulgação Viradouro

A Unidos do Viradouro deu, na noite deste sábado, um passo importante para o seu grande dia, no carnaval de 2024, mais precisamente 12/02. Isso porque o samba-enredo, que vai emocionar a Sapucaí, foi escolhido numa grande festa. Três parcerias chegaram à grande final de samba-enredo. Mas o samba que vai correr na veia e incendiar o furacão vermelho e branco teve anúncio às 4:53, já quase no amanhecer de domingo. Venceu a disputa a parceria liderada pelo compositor Cláudio Mattos, confirmando o favoritismo.

Parceria campeã levanta a taça | Rafael Arantes/Divulgação Viradouro

O Youtube da agremiação transmitiu a toda a festa. A agremiação defenderá o enredo “Arroboboi Dangbé”, sobre a energia do culto ao vodum serpente. A Viradouro fecha a última noite de desfiles do Grupo Especial, na segunda-feira, 12 de fevereiro.

Samba campeão

Conforme antecipado pelo FOLHA DO LESTE, a obra escolhida chegou na final do concurso do samba-enredo como favorita. Além de Claudio Mattos,  o samba-enredo tem a autoria de Claudio Russo, Julio Alves, Thiago Meiners, Manolo, Anderson Lemos, Vinicius Xavier, Celino Dias, Bertolo e Marco Moreno.

O samba foi o primeiro a se apresentar na grande noite organizada pela Viradouro. Logo ao subir ao palco, antes mesmo do início da apresentação, sua torcida já entoava os versos. Muitos segmentos da escola já entregavam o resultado, principalmente na bateria, pois cantavam o ainda concorrente e agora campeão a plenos pulmões.

Com muita garra, os puxadores Tinga, voz oficial da Vila Isabel; e Pitty de Menezes, da Imperatriz Leopoldinense, defenderam o samba no palco.

Hoje o amor está no ar

O ex-presidente e agora diretor-executivo da Viradouro, Marcelinho Calil, ao comentar sobre a gestão bem-sucedida dele e de seu pai, desde que a família chegou à agremiação. Eles assumiram a escola, no carnaval de 2017, com a escola ainda no grupo de acesso. Logo de cara, um vice-campeonato. A Viradouro não subiu. Mas, no ano seguinte, a escola foi campeã e conquistou o direito de voltar ao grupo especial.

Marcelinho Calil, com o pai, Marcelo, presidente de honra da Viradouro, ao fundo | Rafael Arantes/Divulgação Viradouro

Em 2019, logo na volta, arrebata a Sapucaí com um vice-campeonato. E se consagra campeã, em 2020. Sem desfiles em 2021, chega em 3º lugar ao carnaval de 2022. Mas em 2022, novamente é vice-campeã.

Sobre a importância da família Calil na história da Viradouro, Marcelinho ressaltou que a escola viveu várias fases. Mas destacou que a era Monassa teve uma importância maior, por ter levado à escola do acesso ao especial pela primeira vez.

A escola teve seus etapas, seus momentos. Teve a era Monassa, que fez a gestão mais importante, que colocou a escola em posição de destaque”, frisou,

Sem citar nomes, mencionou trabalhos que merecem ser esquecidos. notadamente as gestões de Marcos Lira e Gusttavo Clarão, entre 2006 e 2017.

Vai conquistar seu coração

Sobre o samba, antes do anúncio do início das apresentações, Marcelinho Calil disse:

O samba escolhido vai conduzir a escola ao título”, cravou.

Já o carnavalesco Tarcísio Zanon, exaltou o trabalho dos compositores. Disse que muitas parcerias colaboraram com a construção de novas ideias paara o desenvolvimento do enredo.

Tarcísio Zanon, com sua alegria de sempre | Rafael Arantes/Divulgação Viradouro

Todos os três sambas são excelentes. Tenho certeza de que o samba que for escolhido vai ser defendido e cantado pela comunidade com unhas e dentes”, ponderou

A porta-bandeira Rute Alves exaltou o enredo, que narra uma história pouco conhecida do público em geral. Principalmente, por se tratar de um tema ligado à religião de matriz africana, em tempos de intolerância.

As escolas de samba tem obrigação de ensinar através dos seus enredos, defendeu.

Sobre os sambas, Rute disse que, independentemente dos finalistas, ainda haviam outros sambas que a escola poderia levar para a Sapucaí.

A Viradouro não teve sambas concorrentes. houveram hinos. Até mesmo os que não chegaram a final. Além desses três sambas, ainda haviam outros para serem escolhidos”, disse Ruth, valorizando o trabalho dos poetas da ala de compositores da agremiação.

Rute, ainda, profetizou, sobre o samba e o enredo:

Vai trazer a terceira estrela pra Niterói” frisou.

Rute Alves, porta-bandeira, e Julinho, Mestre-Sala | Rafael Arantes/Divulgação Viradouro

O mestre-sala Julinho ressaltou o entrosamento com Rute. Todavia, fez questão de destacar a importância dos processos que antecedem o desfile. Principalmente, a escolha do enredo e do samba-enredo.

Estamos trabalhando muito para a gente alcançar a melhor performance. Mas tudo começa com um grande enredo, com um grande samba, pontuou.

Sou Viradouro, sou paixão

Primordialmente, escolha de samba-enredo a parte, a Viradouro realizou uma grande festa. Porém, isso somente se tornou possível graças ao empenho das parcerias. Afinal, tivemos dois sambas concorrentes que não serão cantados na avenida, mas foram muito defendidos por suas torcidas na quadra.

Parceria liderada por Dudu Nobre, com Samir Trindade, Victor Rangel, Deiny Leite, Valtinho Botafogo, Fabrício Sena, Felipe Sena e Jeferson Oliveira | Rafael Arantes/Divulgação Viradouro

Torcida da parceria liderada por Dudu Nobre | Rafael Arantes/Divulgação Viradouro

Parceria de Lucas Macedo, Diego Nicolau, Richard Valença, João Perigo, Cadu Cardoso, Marquinhos Paloma, Orlando, Ambrósio, Lico Monteiro e Silas Augusto, com Zé Paulo Sierra, ex-intérprete da Viradouro | Rafael Arantes/Divulgação Viradouro

Torcida da parceria de Lucas Macedo | Rafael Arantes/Divulgação Viradouro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Musa e Rainha

Tá na hora da gente cantar

Wander Pires, puxador oficial da escola | Rafael Arantes/Divulgação Viradouro

Agora, com o samba escolhido, uma coisa é certa: a Viradouro vai fincar sua bandeira na Sapucaí, pisar forte na avenida e emocionar milhões de corações.

A escola que mais canta, com a melhor harmonia do Carnaval, poderia ter escolhido qualquer um dois três sambas. Mas apostou na obra que acredita que vai contagiar o público e levar a Viradouro de volta ao título.

 

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