Futebol

Vinícius Jr é, de novo, vítima de racismo no futebol espanhol

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“Você não está só. Nós te daremos todo o apoio que precisar”. A frase, em tradução livre, foi postada por Mbappé, craque francês do Paris Saint-Germain, em apoio ao brasileiro Vinicius Jr, do Real Madrid, após mais uma vez o jogador da seleção brasileira e da equipe espanhola ser vítima de racismo em estádios espanhóis.

 

Desta vez foi em Valencia, no Estádio de Mestalla, quando praticamente todos os torcedores presentes gritaram “mono, mono, mono” (“macaco, macaco, macaco”), mesmo após advertidos pela atitude racista.

 

Também nas redes sociais, Vini Jr se manifestou – e deixou no ar a possibilidade de deixar o time merengue.

 

Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito. O campeonato que já foi de Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dos racistas. Uma nação linda, que me acolheu e que amo, mas que aceitou exportar a imagem para o mundo de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, infelizmente, por tudo o que acontece a cada semana, não tenho como defender. Eu concordo. Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas. Mesmo que longe daqui”, escreveu o jogador brasileiro.

 

As reações, por sinal, foram imediatas. Na coletiva pós-jogo, o treinador Carlo Ancelotti recusou-se a falar sobre futebol, mesmo instigado pelos repórteres espanhóis que pareciam não reconhecer a gravidade da situação.

 

Hoje eu não quero falar de futebol. Vocês querem falar de futebol? Foi mais do que uma derrota. Não lhes parece? Eu sou muito calmo, mas aconteceu algo que não pode acontecer. Um estádio inteiro gritando “macaco” a um jogador. Eu não poderia pensar em tirá-lo. Algo está muito errado nesta Liga”, afirmou Ancelotti, que se recusou a tirar Vini Jr de campo, mesmo com o pedido do jogador – que acabaria expulso

 

Já o presidente da La Liga, Javier Tebas, procurou atacar o brasileiro.

 

“Você deveria se informar melhor sobre as competências das instituições. La Liga tem feito o que é possível. E você mesmo jamais compareceu às audiências marcadas, a seu pedido, para tratar do tema. Não se deixe usar”, afirmou o cartola num tuíte.

 

Aliás, opiniões contra Vini Jr são comuns na Espanha. Muitos consideram que o brasileiro procura, alimenta, essas situações com suas declarações.  Após ser expulso, dirigiu-se aos torcedores do Valencia e exibiu dois dedos, referência ao fato de a equipe local estar lutando contra o rebaixamento à segunda divisão espanhola, situação que melhorou após a partida deste domingo, com a vitória por 1 a 0 sobre o Real Madrid. Meses atrás, em um programa de televisão, ele foi atacado por dançar na comemoração de um gol.

 

CBF se manifesta

 

A CBF se manifestou contra os atos racistas cometidos pelos torcedores do Valencia.

 

Até quando ainda vamos vivenciar, em pleno século XXI, episódios como o que acabamos de presenciar, mais uma vez, em La Liga? Até quando a humanidade ainda será apenas espectadora e cúmplice de atos cruéis de racismo? Até quando vamos precisar lembrar que racismo é crime? Até quando vamos ter que lutar por atitudes concretas e eficazes dentro e fora dos campos? Não há alegria onde há racismo. Você tem todo o nosso carinho e de todos os brasileiros, Vinícius. Não só você, mas todos que sofreram e sofrem com essa doença mundial, que é o racismo. A cor da pele não pode mais incomodar“, escreveu o presidente Ednaldo Rodrigues nas redes sociais.

 

Apesar de já ter afirmado que cumprirá seu contrato com o Real Madrid, até 2024, a posição de Carlo Ancelotti, atacando duramente La Liga e saindo em defesa firme do brasileiro (chegou a beijá-lo e o mandou voltar ao jogo quando Vini Jr pediu para sair), parecem demonstrar a intensa ligação do treinador com aquele que é considerado o principal jogador do time do Real Madrid – e um dos principais nomes da seleção brasileira.

 

Governo do Brasil

O Ministério da Igualdade Racial também se manifestou e afirmou que irá interpelar La Liga e as autoridades espanholas sobre os atos racistas contra Vini Jr.

 

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participa da reunião de cúpula do G7, no Japão, manifestou solidariedade com o jogador brasileiro.

 

“Não é possível que quase no meio do Século 21 a gente tenha o preconceito racial ganhando força em vários estádios de futebol na Europa”, disse. “Não é justo que o menino pobre que venceu na vida, que está se transformando possivelmente em um dos melhores do mundo – certamente do Real Madrid é o melhor – seja ofendido em cada estádio que ele comparece”, emendou Lula.

 

 

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1 Comentário

  1. […] novo caso de racismo contra o jogador brasileiro Vinícius Jr., do Real Madrid, durante partida contra o Valência, no domingo (21), o presidente da LaLiga […]

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