O encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante a cúpula do G7 em Hiroshima, Japão, não acontecerá devido a dificuldades de conciliação de agendas. Embora o governo brasileiro tenha sugerido vários horários, não foi possível fazer ajustes. Ao ser questionado sobre a situação, Zelensky confirmou a dificuldade e disse que, provavelmente, foi o presidente brasileiro que ficou decepcionado.
O G7 reúne líderes da União Europeia e dos sete países mais industrializados do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, com o Brasil como o único representante sul-americano nesta edição. Os líderes convidados para a cúpula deste ano incluem Austrália, Coreia do Sul, Vietnã, Índia, Indonésia, Comoros e Ilhas Cook.
Inicialmente, a organização de uma reunião bilateral entre o Brasil e a Ucrânia foi um pedido do país europeu. O governo ucraniano busca maior apoio na guerra contra a Rússia. Já o Brasil proclama neutralidade em relação ao conflito. Mas países europeus e os Estados Unidos, que apoiam os ucranianos, pressionavam por uma reunião entre os líderes. No entanto, a agenda dificultou tal encontro.
Durante o painel do G7, Lula destacou a importância da Carta das Nações Unidas para evitar guerras e condenou a violação da integridade territorial da Ucrânia. Ele defendeu a reforma do Conselho de Segurança da ONU e mencionou outros povos no mundo que sofrem com conflitos armados.
Lula apontou que os membros permanentes do Conselho de Segurança têm uma longa tradição de travar guerras não autorizadas. Segundo o presidente brasileiro, os mecanismos multilaterais de prevenção e resolução de conflitos atuais não estão funcionando como deveriam.
Os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU são China, Estados Unidos, Reino Unido, França e Rússia.