O medo toma conta de mulheres que utilizam carros de aplicativo em São Paulo após o aumento de relatos do “golpe do cheiro”, também conhecido como “golpe do gás” ou “golpe do spray”. Dezenas de vítimas relatam experiências semelhantes: um odor forte invade o veículo durante a corrida, causando dormência, formigamento e espasmos musculares.
Fernanda, vítima do golpe, descreve a experiência como um pesadelo. Em uma manhã chuvosa, durante um trajeto curto de Uber, ela sentiu um cheiro forte e seu corpo começou a formigar. Percebendo o perigo, ela lutou para abrir a porta do carro e pedir ajuda. Apesar do trauma, ao tentar usar o aplicativo novamente, ela se deparou com o mesmo motorista e carro, o que intensificou seu medo.
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O golpe geralmente segue um padrão: os vidros do carro ficam fechados e, após um tempo, um odor invade o ambiente. Com isso provocando sintomas como dormência, formigamento e espasmos nas vítimas.
A delegada Jamila Jorge Ferrari, da Delegacia de Defesa à Mulher de São Paulo, informa que mais de 60 boletins de ocorrência foram registrados no estado entre março e junho de 2023, todos em veículos da Uber. No entanto, os inquéritos concluídos até o momento não encontraram evidências de intoxicação toxicológica nas vítimas ou nos carros periciados.