
Torcida brasileira vira atração à parte na Liga das Nações de Vôlei | Reprodução
Na primeira semana da Liga das Nações feminina de vôlei, encerrada domingo com a vitória da Itália sobre o Brasil por 3 a 0, o treinador da Azzurra, Julio Velasco, fez muitos elogios à torcida brasileira, que lotou o Maracanãzinho em todos os dias.
“Foi muito importante para meu time. Elas precisam aprender a sofrer, criar anticorpos, e enfrentar essa torcida brasileira é ótimo para isso”, afirmou o ítalo-argentino, fazendo questão de elogiar a forma como os brasileiros torcem, “de forma amistosa, cantando e dançando”.
A partir desta quarta-feira, quando a seleção masculina entrar na quadra para enfrentar o Irã, certamente de novo o Maracanãzinho irá tremer.
“Tem os dois lados: é bom jogar em casa, mas aumenta a pressão, sem dúvida alguma”, afirmou Bernardinho, que há 24 anos estreou, na Holanda, dirigindo a equipe masculina.
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Se pudesse escolher, ele diz que preferiria começar fora de casa.
“Mas se tem pressão, dá também uma motivação maior”, contemporizou, sabendo que a galera vai ser o sétimo jogador.
Para os estrangeiros, jogar no Brasil, contra o Brasil, é um desafio. Kyle Dagostino, líbero e capitão do time dos Estados Unidos, derreteu-se em elogios à torcida brasileira.
“Cria um ambiente incrível. É pressão, sim, mas é muito mais motivação. Temos um time jovem e só espero que os mais novos não se sintam intimidados”, explicou, disse, sabendo que a galera vai ser, certamente, sempre contra o seu time – que eliminou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.
Várias vezes campeão com o Sada Cruzeiro, o cubano Miguel Angel tem a noção exata do diferencial que é a torcida brasileira em um ginásio.
“Sei como os brasileiros são. É uma experiência incrível qualquer jogo de vôlei aqui. Os torcedores criam um ambiente de pressão para os rivais. Era muito bom jogar com a torcida a nosso favor”, comentou, certo de que desta vez não terá a torcida a seu lado. “O mais importante é que nos respeitam. Amo jogar aqui”, finalizou.
Outro “quase mineiro”, o iraniano Javad Karimi garante que o mais importante para superar a pressão da torcida é manter o foco.
“Os torcedores jogam muita pressão nos adversários. Para um time jovem como o nosso, será fundamental que consigamos manter total atenção no que acontece dentro da quadra”, avaliou o levantador do Itambé/Minas, fazendo coro com a frase do norte-americano Kyle, para quem “é preciso aprender a sobreviver mesmo com tudo contra”.