A mochila do estudante Thierry Muniz Soares, de 17 anos, foi queimada por torcedores de uma organizada do Flamengo, resultando na perda da prova do Enem. O incidente ocorreu no domingo passado, 3 de novembro, e foi filmado, com imagens circulando nas redes sociais.
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A bolsa, que continha documentos e materiais necessários para a prova, ostentação do escudo e os núcleos do Fluminense. O crime ocorreu poucas horas antes da primeira partida da final da Copa do Brasil, no Maracanã, e minutos antes do início do Enem.
Conforme relatos do pai de Thierry, Luiz Pierre Soares, a cena foi devastadora. Ele expressou tristeza e indignação ao ver torcedores comemorando enquanto seu filho estava desolado. Luiz, que registrou Thierry saindo para o exame minutos antes do ocorrido, enfatizou sua incredulidade em relação ao ato.
“Honestamente, não consigo entender”, af.
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Além disso, os documentos de Thierry foram localizados por um guardador de carros na Rua General Canabarro, onde ocorreu o crime. Luiz relatou que recebeu uma ligação informando que os documentos estavam em um bistrô próximo.
“Fomos lá buscar, mas o restante das coisas se perdeu”, lamenta.
Luiz não considera que tais atos representam a maioria dos torcedores flamenguistas.
“Isso não é ser torcedor. É um bando de marmanjo que fez isso com um adolescente que estava indo fazer o Enem”, criticou.
A 18ª Delegacia de Polícia, localizada na Praça da Bandeira, está investigando o caso.
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Thierry não conseguiu entrar no local de prova no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), no Maracanã, Zona Norte, devido à ausência de documentos. Após saber do que ocorreu, Luiz voltou para casa em busca de uma cópia do RG autenticada. No entanto, os fiscais não aceitaram o documento.
No momento em que Thierry tentou acessar o local, um funcionário acidentalmente atingiu sua mão com o portão. A situação gerou solução, com pessoas ao redor apoiando o pai e o filho, liberando a liberação do acesso.
Agora, Luiz planeja acionar o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A ideia é solicitar a Thierry uma segunda chamada para prova. O pedido será analisado pela instituição e, se aprovado, a expectativa é que Thierry faça uma nova prova em dezembro.