Estado do Rio de Janeiro

Torcedora argentina é presa por injúria racial no Maracanã

Torcedora argentina é presa por injúria racial no Maracanã

Foto: Brunno Dantas – TJRJ

Na madrugada desta quarta-feira (22), o Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro decretou a prisão preventiva de Maria Belen Mautecci. A torcedora argentina é acusada de proferir injúrias raciais durante a partida entre Brasil e Argentina no estádio do Maracanã, realizada na última terça-feira (21/11).

Durante o jogo, uma testemunha alegou ter ouvido Maria Belen Mautecci insultar a vítima com a frase “escuta aqui pedaço de macaca, é a minha vez!”. Diante deste depoimento, a magistrada responsável pelo caso considerou demonstrada a prática de injúria racial, uma vez que houve ofensa à dignidade e decoro baseada na cor, raça e/ou etnia.

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A juíza destacou a gravidade e a recorrência deste tipo de crime, mesmo com a ampla indignação da sociedade e os alertas emitidos pelo Juizado através de sistemas de comunicação no estádio, inclusive em diferentes idiomas. Diante disso, foi negado o pedido de liberdade provisória e a prisão em flagrante de Maria Belen Mautecci foi convertida em prisão preventiva.

Além da torcedora argentina, outros 17 torcedores foram encaminhados ao Juizado do Torcedor e Grandes Eventos do Maracanã por distúrbios, desacato, resistência, furto e outros crimes. As punições aplicadas foram transações penais, e no caso de Roberto Jefferson Gomes Peixoto, medida cautelar de afastamento dos estádios e comparecimento ao juízo.

Devido à gravidade do tumulto generalizado e à falta de apresentação de um grande número de envolvidos nos distúrbios e outras infrações penais, a magistrada determinou a emissão de um ofício ao secretário de Polícia Militar, coronel PM Luiz Henrique Marinho Pires. A Confederação Brasileira de Futebol também será notificada sobre o ocorrido.

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Durante a audiência, o major Ângelo foi alertado pela juíza sobre a necessidade de conduzir os envolvidos nos tumultos à Delegacia de Plantão. O major informou que a Polícia Militar realizou um trabalho de contenção e que os detidos estavam recebendo atendimento médico antes de serem apresentados às autoridades policiais.

No entanto, a magistrada constatou, em visita aos postos de atendimento, que poucos atendimentos e detenções foram realizados. Isso indica a não apresentação de todos os nacionais que cometeram crimes amplamente divulgados pela imprensa. Por esse motivo, foi determinado o envio de um ofício ao secretário de Polícia Militar, coronel PM Luiz Henrique Marinho Pires.

 

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