Foto: André Freitas – Folha do Leste
A forte tempestade, que atinge Niterói desde o fim da tarde dessa sexta-feira (12), reproduz cenas cada vez mais comuns na cidade em dias de chuvas intensas. Bairros alagados, trânsito caótico, acionamento de sirenes em áreas de risco. O discurso das mudanças climáticas combina com esse cenário. Porém, resta saber se estes eventos fortuitos respondem integralmente pelas ruas alagadas nos dias de chuva ou se não há outras ações ou omissões nestes casos.
As principais vias artérias da cidade ficaram completamente congestionadas em todos os bairros. Avenidas como Roberto Silveira, em Icaraí, Marquês do Paraná, Visconde do Rio Branco e Feliciano Sodré, no Centro; e Alameda São Boaventura, no Fonseca, ficaram alagadas. Tudo no pior horário possível: o da volta pra casa.
Na região de Pendotiba, que fica em uma região elevada da cidade, os alagamentos também prejudicaram o trânsito.
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Para os motoristas, as horas extras no trânsito causaram impaciência. Já para pedestres e transeuntes, além das naturais contrariedades, exposição a riscos à saúde – diante das calçadas alagadas – e à incolumidade física, considerando riscos de quedas de árvores e cabos de energia.
Passageiros de ônibus sofreram ainda mais, na difícil missão de voltar pra casa. Quem conseguiu pegar o ônibus, agradece, pois há quem padeça na chuva à espera do seu. Ou, ainda, no constantemente alagado Terminal Rodoviário João Goulart.
A cidade entrou em estágio de atenção, às 18h20. No Pé Pequeno, na comunidade do Boa Vista, houve o acionamento de sirenes. Desse modo, moradores deveriam deixar áreas consideradas de risco e buscar os pontos de apoio na Escola Municipal do Pé Pequeno, bem como na Creche Reencontro.
Em suma, a cada verão, a situação parece piorar. E com os projetos imobiliários à venda na cidade, geograficamente espremida entre o mar montanhas, o horizonte futuro se mostra pavoroso.
