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Teatro: “Gargalhada Selvagem”, uma comédia social

Só de olhar para Rodrigo Fagundes e Alexandra Richter já dá vontade de rir. Foto: Divulgação

A nova versão do texto norte-americano de Christopher Durang, dirigida e adaptada por Guilherme Weber, chega aos palcos como uma sátira social que propõe uma reflexão sobre a importância de rirmos de nós mesmos. Com o título original de “Laughing Wild” e escrita em 1987, a obra já teve 13 outras montagens em países como Austrália, Inglaterra, Espanha e Argentina, sendo vista por mais de 5 milhões de pessoas ao redor do mundo.

No Brasil, a versão é comandada pelos produtores Bruna Dornellas e Wesley Telles, da WB Produções, que se encantaram com a ferocidade e a comicidade do texto durante sua pesquisa de dramaturgia. A WB Produções é responsável por grandes espetáculos, como “Através da Iris”, com Nathalia Timberg, “Misery” de Stephen King, com Mel Lisboa e Marcello Airoldi, e “Três Mulheres Altas” de Edward Albee, com Deborah Evelyn, Nathalia Dill e Suely Franco.

Para a direção, o premiado diretor curitibano Guilherme Weber foi o escolhido. Já o elenco conta com a dupla Alexandra Richter e Rodrigo Fagundes, grandes artistas e veteranos no humor, com participação especial de Joel Vieira.

“Gargalhada Selvagem” apresenta situações cotidianas comuns que mostram que o mais importante na vida é saber rir de si mesmo. A peça utiliza o poder corrosivo da comédia para satirizar nossos costumes e propor uma reflexão sobre a neurose da vida em uma cidade grande, os relacionamentos amorosos, a busca pela positividade quase artificial exigida pela sociedade contemporânea e a artificialidade de certas relações.

A trama é dividida em três momentos principais, em que um homem e uma mulher cruzam o mesmo corredor de um supermercado. Ambos pertencem a universos diferentes e possuem formas particulares de ver o mundo e guardar suas experiências. Eles lutam para entender a sociedade e se encaixar em um cotidiano onde todos parecem conhecer as regras.

No primeiro momento, a personagem feminina, altamente controlada e intensa, compartilha de forma desenfreada e divertida sua jornada de vida, abordando momentos que vão da loucura à sensatez, todos culminando no dia em que ela só queria comprar uma lata de atum no supermercado.

No segundo momento, o personagem masculino reflete de forma intimista sobre a dificuldade de ser uma pessoa positiva em um mundo altamente negativo, buscando a harmonia, mas já à beira da explosão.

No terceiro e último momento, os dois personagens se encontram em um delírio e confrontam a forma como cada um enxergou o outro no corredor do supermercado. Eles percebem como rir dos próprios problemas é uma forma de encará-los, observando suas posturas e formas de ver o mundo.

Christopher Durang é conhecido por suas obras de comédia que lidam criticamente com problemas sociais e exploram o inusitado e o inesperado. Mesmo escritos em décadas passadas, seus textos continuam relevantes e populares.

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