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Taxista alega medo de linchamento, por isso não socorreu motoboy

Taxista alega medo de linchamento, por isso não socorreu motoboy

Taxista alega medo de linchamento, por isso não socorreu motoboy | Reprodução

A morte do motoboy Alan Rodrigues Sales, de 22 anos, após um acidente com um táxi no dia 31 de maio em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, ganha novos contornos dramáticos. O taxista Eduardo Henry Nogueira Gripp, investigado por provocar o acidente, prestou depoimento à Polícia Civil e revelou um motivo estarrecedor para sua fuga do local: medo de ser linchado por grupos de motociclistas.

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Segundo relatos de testemunhas, Alan estava trabalhando como entregador quando, após uma discussão, foi perseguido por Eduardo. O taxista teria encostado o veículo na moto, fazendo Alan perder o controle e se chocar contra um poste. Imagens de câmeras de segurança confirmam a perseguição, mas ainda não há provas conclusivas sobre o engavetamento.

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Eduardo, em seu depoimento, afirma que, após o impacto, olhou pelo retrovisor e viu a moto de Alan no chão. Pensou em voltar para ajudar, mas o medo de ser linchado por motociclistas o fez fugir do local. Ele alega ter recebido ameaças de morte e ter visto grupos de pessoas em frente à sua casa.

Além disso, o veículo do taxista possui uma câmera interna que filmou todo o ocorrido. Assim, as imagens serão analisadas pela Polícia Civil para determinar com precisão o que aconteceu e se houve intenção de provocar o acidente.

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Familiares e amigos de Alan realizaram novos protestos pedindo justiça pela morte do jovem. A avó de Alan, Lourdes Rodrigues, de 69 anos, é categórica:

“Acreditamos que foi proposital. Ele esperou o momento certo para pegar o Alan de surpresa e imprensá-lo no poste. Estamos todos destruídos e sofrendo pelo que ele fez.”

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O delegado Leandro Gontijo, titular da 20ª DP (Vila Isabel), responsável pelas investigações, afirma que as imagens do táxi podem alterar o curso das investigações, mas ainda não há elementos suficientes para enquadrar Eduardo em nenhum crime.

“Vou analisar as filmagens, pedir perícia, relatório de imagens… Não está maduro ainda para decidir”, pondera o delegado.

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Enfim, nos próximos dias, testemunhas do acidente serão ouvidas pela Polícia Civil. Assim, o corpo de Alan foi sepultado no último domingo (02) e o funeral contou com a presença de motociclistas em homenagem ao jovem.

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