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Suspeito confessa assassinato de professora carbonizada por dinheiro

Suspeito confessa assassinato de professora carbonizada por dinheiro

Foto: Reprodução

Terceiro suspeito preso por envolvimento na morte e no sequestro da professora Vitória Romana Graça afirmou que seu interesse em comprar drogas motivou sua participação no crime. Edson Alves Viana Júnior confessou em depoimento que a extorsão era uma maneira rápida de obter dinheiro para seu vício em crack, do qual é usuário há anos. Parte do valor extorquido foi depositado em sua conta, e ele gastou R$ 107 em drogas após a morte de Vitória. Edson também alegou que ajudou sua irmã, ex-sogra da vítima, como forma de retribuir o dinheiro que ela sempre lhe dava para comprar crack. De acordo com ele, sua irmã não estava sob efeito de drogas no momento do crime.

Na segunda declaração feita à polícia, Edson reafirmou que enforcou Vitória por cerca de 20 ou 30 minutos utilizando uma corda. A vítima também teve álcool jogado em seus olhos para testar sua reação. Após constatarem sua morte, eles colocaram o corpo em uma mala e o levaram para ser queimado. A corda foi queimada junto com o cadáver. O corpo carbonizado foi encontrado na comunidade Cavalo de Aço, em Senador Camará, Zona Oeste do Rio, com a identificação possível apenas por meio de uma digital que resistiu ao fogo.

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As investigações apontam que Paula, ex-sogra de Vitória, teria organizado o assassinato por questões financeiras, já que a professora havia terminado o relacionamento com sua filha e parado de ajudá-la com despesas. O primeiro depoimento de Edson confirmou que ele e sua irmã foram até a escola onde a vítima trabalhava com o objetivo de impedir o término do namoro entre Vitória e a adolescente de 14 anos. Segundo Edson, a professora tinha marcado uma conversa na casa de Paula para finalizar a discussão iniciada na escola.

Na residência, Vitória foi imobilizada por Paula e Edson, juntamente com a filha de 14 anos. A professora foi amarrada em uma cadeira com fita adesiva e forçada a fazer transferências bancárias via PIX. Quando não conseguiram mais dinheiro, Paula decidiu ir até a casa da vítima com sua filha para roubar objetos de valor. Elas retornaram com um botijão de gás, roupas de cama, panelas e produtos de beleza. Em seguida, Paula tentou simular um sequestro-relâmpago ligando para a mãe de Vitória, exigindo um resgate de R$ 2 mil. Porém, a mãe não conseguiu fazer a transferência.

Edson revelou em seu depoimento que, mesmo que o pagamento fosse realizado, a intenção de Paula sempre foi assassinar Vitória. Após a tentativa frustrada de simular o sequestro, Paula e sua filha utilizaram uma corda para sufocar a vítima, puxando cada uma de um lado, como em um cabo de guerra. Depois de torturá-la e confirmar sua morte, eles colocaram o corpo em uma mala e seguiram para um local onde o incendiaram. No caminho, compraram gasolina em um posto. Após dar início ao fogo, mãe e filha saíram para fazer saques nas contas de Vitória, retirando mais R$ 1,2 mil.

 

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