A Starlink, provedora de internet do bilionário Elon Musk, iniciou o bloqueio de acesso à rede social X no Brasil, também de propriedade do empresário. A ação da empresa cumpre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, conforme anunciado na última terça-feira (03).
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Em um comunicado oficial, a Starlink declarou que, apesar de considerar a medida como um tratamento ilegal que congelou seus ativos, está acatando a ordem judicial.
“Independentemente do tratamento ilegal dispensado à Starlink ao congelar nossos ativos, estamos cumprindo a ordem de bloquear o acesso ao X no Brasil”, afirmou a empresa.
A Starlink também informou que está se esforçando para manter seus clientes conectados, apesar das restrições. O início dos bloqueios foi reportado pelo site “Canaltech”. Além disso, a empresa solicitou ao Supremo Tribunal Federal o desbloqueio de seus ativos, argumentando contra a ordem que impede suas operações financeiras no país.
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Atualmente, a Starlink atende mais de 250 mil clientes no Brasil, especialmente em regiões remotas. Já a rede social X, de acordo com o “DataReportal”, possui uma base de mais de 22 milhões de usuários brasileiros.
A ordem de bloqueio, emitida por Alexandre de Moraes, foi confirmada por unanimidade pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, composta pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
O conflito entre Elon Musk e o ministro Moraes se arrasta há meses. Musk tem reagido negativamente às ordens de bloqueio de perfis na rede social X, implementadas por Moraes para conter o que considerou um “uso criminoso da liberdade de expressão”. O empresário sul-africano acusa o magistrado de abuso de autoridade e tem criticado o Brasil, alegando que o país se transformou em uma ditadura.