Em meio às dificuldades, vamos nos descobrindo como leoas. Somos muitas, somos em meio a uma sociedade machista e que tenta a todo momento nos colocar em lugares inferiores. Deveríamos ser homenageadas todos os dias, pois somos a peça chave da sociedade, a engrenagem da vida. Somos mães, filhas, esposas, estamos em constante descoberta.
Somos guerreiras, periféricas, mãe solo, trabalhadoras que acordam cedo para lotar os transportes públicos sucateados das cidades. Somos policiais, empregadas domésticas, advogadas, professoras, auxiliar de serviços gerais, somos muitas, dentro deste Brasil de poucas oportunidades, onde os salários dos homens são maiores que os nossos, pois nos acham incapazes.
Somos muitas dentro da política, mas que por muitas vezes não temos investimentos, por talvez acharem que não saberemos comandar a máquina pública. Somos muitas advogadas, mas, não ocupamos os verdadeiros espaços dentro do poder judiciário, por acharem que jamais saberemos defender os mais necessitados.
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Somos muitas, e dentro dessas muitas, mulheres pretas, escravizadas, com a marca do chicote nas costas, com o genovidio na porta, moradores de comunidades, com seus filhos alvejados pelas costas, para depois perguntar quem era.
Somos muitas, tem as pretas, que lutam diariamente na guerra da igualdade Racial, de terem seus cabelos respeitados, sua cultura respeitada, seus traços negroides visto como beleza. Somos muitas, muitas somos, e precisamos de respeito, precisamos que vocês nos ouçam, que coloquem na cabeça de vocês, que estamos em constante e diária luta, em constante metamorfose, e somos diversas e diarias.
Somos mulheres de verdade, de carne e osso e jamais deixaremos que nossos direitos sejam anulados, que nossas vontades sejam questionadas e que nossa vida gire em torno de qualquer regramento colossal ou da idade da pedra. Somos muitas, mulheres, sem medo de cair. A guerra não acabou!!
