O secretário-geral da ONU, António Guterres, visitou neste sábado (23) a fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, onde milhares de caminhões com ajuda humanitária aguardam autorização para entrar no enclave palestino. Guterres chamou a situação de “vergonha moral” e cobrou um “cessar-fogo imediato” entre Israel e o Hamas.
“É hora de realmente inundar Gaza com ajuda que salva vidas”, disse Guterres, em referência aos cerca de 7 mil caminhões que estão retidos na província do Norte do Sinai, no Egito. O secretário-geral destacou as dificuldades de levar ajuda a Gaza e culpou Israel pelo bloqueio.
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Guterres também alertou para as consequências de um ataque terrestre israelense em Gaza, que, segundo ele, só “tornará as coisas piores” para a população civil. Mais da metade dos habitantes de Gaza já se refugiaram em outras áreas devido à violência.
O secretário-geral da ONU também defendeu a libertação imediata dos reféns israelenses capturados pelo Hamas. Ele propôs que um cessar-fogo humanitário e a libertação dos reféns ocorram ao mesmo tempo.
Em resposta às críticas de Guterres, o escritório do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou a ONU de ser “antissemita e anti-israelense”. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, fez a acusação em uma postagem nas redes sociais.