A folia na Marquês de Sapucaí chegou ao fim, mas a discussão sobre o futuro do Sambódromo está apenas começando. O gigante de concreto, palco do carnaval mais famoso do mundo, guarda um enorme potencial para ser aproveitado durante todo o ano.
Aproveitamento do espaço
Autoridades e representantes dos setores de turismo e entretenimento debatem melhorias no espaço, que completou 40 anos, segurança e requalificação do entorno, incentivos a produtores de eventos e até parcerias.
Ronnie Costa, presidente da Riotur, anuncia nova reforma no Sambódromo, com licitação prevista para março, investimento de R$ 13 milhões e conclusão em seis meses. Entre as intervenções estão a reforma dos banheiros, modernização do sistema de para-raios e impermeabilização das arquibancadas.
O governador Cláudio Castro, que vetou projeto de lei que transferia a gestão do Sambódromo para o estado, defende a utilização da Sapucaí durante todo o ano. E a Riotur já tem cinco eventos fechados para o pós-carnaval.
O principal deles, o “SapucaíRio”, em vias de assinatura de contrato, teria um encontro de blocos e, ainda, um circuito de trios elétricos. Igualmente, o espaço receberá o “Rio Parada Funk” e o “Faixa Preta Festival”.
Escolas de Samba fora de época
Uma ideia que não se pode desprezar se trata de um desfile fora de época das escolas de samba cariocas. Aliás, a proposta existe desde os anos de 1990 – mas não vingou. Porém, com a pandemia, em 2022, a ideia de um carnaval fora de época em julho ganhou força.
A proposta partiu do presidente da Liesa, Jorge Perlingeiro. Consiste em reunir as 12 escolas do Grupo Especial para apresentações menores e não competitivas, com uma roupagem diferente, reeditando sambas e enredos antológicos.
Futuro promissor
Em suma, o Sambódromo é um ícone do Rio de Janeiro e o seu potencial vai além do carnaval. Com planejamento, investimentos e parcerias, o espaço pode se tornar um polo cultural vibrante, gerando renda e movimentando a economia da cidade o ano todo.