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RS: Famílias acampam em rodovias para vigiar casas

RS: Famílias acampam em rodovias para vigiar casas

RS: Famílias acampam em rodovias para vigiar casas | Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Em meio à devastação causada pelas inundações no Rio Grande do Sul, cenas comoventes revelam a força e a resiliência do povo gaúcho. Famílias inteiras que perderam suas casas se uniram em acampamentos improvisados nas margens das rodovias, buscando abrigo e segurança.

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Silvano Soares Fagundes, catador de material reciclável, relata com dor a perda de seu lar na Vila Santo André, no Humaitá, zona norte de Porto Alegre.

“Tivemos que subir para cá no dia 3 de maio”, conta ele, referindo-se à área alta onde montaram o acampamento com lonas, barracas e seus próprios carros. “Na primeira noite, as casas da vizinhança estavam sendo saqueadas, roubando tudo que podiam”, relembra, com a voz carregada de tristeza.

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Hariana Pereira, 30 anos, também moradora da área alagada, encontra refúgio no furgão que antes servia para transportar materiais reciclados.

“Aqui tem um banheiro químico, mas é precário”, relata ela, sobre as condições precárias do acampamento. “O governo não manda nada”, reclama, enquanto espera por ajuda do programa Volta por Cima do governo estadual.

A esperança de recomeçar permeia os acampamentos. Silvano, inscrito no CadÚnico, espera ansiosamente pelo Auxílio Reconstrução, programa que visa auxiliar 200 mil pessoas afetadas pelas inundações.

“Vai ajudar bastante, se chegar esse dinheiro que estão prometendo”, diz ele, com a fé de que a vida poderá ser reconstruída.

RS: Famílias acampam em rodovias para vigiar casas

RS: Famílias acampam em rodovias para vigiar casas | Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Cristina Sodré Linhares, catadora de recicláveis, também busca ajuda do poder público.

“Precisamos de equipamentos para tirar o entulho e recomeçar”, clama ela, enquanto aguarda a água baixar para retornar à sua casa.

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Mapas do Núcleo Porto Alegre do Observatório das Metrópoles revelam a dura realidade: as áreas mais alagadas coincidem com as de menor renda e maior concentração de população negra.

“As áreas alagadas são, principalmente, as mais pobres”, afirma André Augustin, do Observatório.

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