O governador do Rio, Cláudio Castro, disponibilizou uma equipe técnica do Departamento de Recursos Minerais para atuar no desastre em Maceió, capital do Alagoas. A situação de emergência foi decretada na última quinta-feira, reconhecida pelo Governo Federal, devido ao iminente colapso de uma mina de exploração de sal-gema da Braskem, que pode provocar o afundamento do solo em vários bairros.
Neste domingo, Cláudio Castro anunciou que a equipe técnica vai auxiliar no diagnóstico e na melhor maneira de enfrentar a situação, que é mais grave nos bairros de Mutange, Pinheiro e Bebedouro, afetados pelos abalos sísmicos causados pela movimentação da mina 18. O grupo de geólogos especializados em avaliação de risco, juntamente com o presidente do Departamento, Luiz Magalhães, chegará a Maceió ainda hoje.
O Rio de Janeiro é solidário a Alagoas neste momento em que a capital Maceió está na iminência de um desastre. Coloquei à disposição do governo de Alagoas uma equipe técnica do Departamento de Recursos Minerais.
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) December 3, 2023
A mina 18, que está sendo fechada pela Braskem, é composta por cavernas abertas para extração de sal-gema. A atividade provocou o afundamento do solo na região, conforme confirmado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM). A matéria-prima é utilizada na indústria para obtenção de produtos como cloro, ácido clorídrico, soda cáustica e bicarbonato de sódio.
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Devido ao iminente colapso da mina, a área já está desocupada e a circulação de embarcações da população está restrita na região da Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange. Nove escolas foram preparadas para receber até cinco mil pessoas vindas das regiões afetadas, com carros-pipa, colchões, alimentação, equipes de saúde, da Guarda Municipal e de Assistência Social.
Na madrugada de sábado, mais um abalo sísmico foi registrado em Maceió, a 300 metros de profundidade, no Mutange. O tremor teve magnitude de 0,89, de acordo com a Defesa Civil da capital alagoana, sendo mais intenso do que o registrado na noite de sexta-feira. Porém, houve uma diminuição na velocidade de afundamento de terra, que agora é de 0,7 cm por hora, totalizando 13 cm nas últimas 24 horas. Durante a semana, o afundamento chegou a 50 cm por dia.
A Braskem informou que continua monitorando a situação da mina 18 e tomando as medidas necessárias para minimizar o impacto de possíveis ocorrências. A área está isolada desde terça-feira e a empresa ressalta que a região está desabitada desde 2020. O monitoramento, realizado com equipamentos de última geração, permite a detecção de qualquer movimentação no solo e possibilita o acompanhamento pelas autoridades e a adoção de medidas preventivas.