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Região Oceânica é inundada por um mar de carros

Região Oceânica vive mais um fim de semana de trânsito caótico

Por conta do aumento do movimento nas praias da Região Oceânica, os congestionamentos se tornam rotina – Foto: André Freitas/Folha do Leste

Não é o sol do verão que se aproxima que está esquentando a cabeça de quem mora em Piratininga e Camboinhas, mas sim o trânsito insuportável destes dias. Principalmente, quando há grande procura pelas praias oceânicas ao mesmo tempo em que população destes bairros tenta fazer tarefas simples do cotidiano, como ir ao comércio, sair para o trabalho ou compromisso inadiável.

Além das ruas inundadas de carros, pedestres precisam dividir a calçada com motocicletas devido à ação de condutores imprudentes. Ônibus lotados, com horários irregulares, sequer asseguram o pleno exercício deste serviço público de natureza essencial de forma plena.

Região Oceânica vive mais um fim de semana de trânsito caótico

Calçadas viraram via para motociclistas imprudentes – Foto: Andé Freitas/Folha do Leste

Neste domingo (8), a reportagem do FOLHA DO LESTE circulou (ou ao menos tentou) pelos principais acessos às praias e constatou os engarrafamentos. Ao longo de todo dia, a Avenida Raul de Oliveira Rodrigues (Avenida 7), que dá acesso a Piratininga, e Camboinhas se tornou um grande estacionamento, por conta da lentidão do fluxo.

Além de causar transtornos a moradores e frequentadores, o trânsito também dificulta atendimentos de emergência. A reportagem flagrou uma ambulância do Corpo de Bombeiros presa no engarrafamento e uma viatura da operação Segurança Presente precisando usar a contramão, na Avenida Almirante Tamandaré, para atender a uma ocorrência.

Sem refresco

No sábado e domingo, as dificuldades no trânsito duraram o dia inteiro, noite adentro, inclusive, pois havia shows na praia de Piratininga. Desde as primeiras horas da manhã, o fluxo era intenso em direção às praias. Sair dos bairros, mesmo pela manhã, também estava impossível. Dessa forma, houve congestionamento, mesmo com a presença de controladores de tráfego.

esperança

Ao longo dos anos, várias propostas buscaram dirimir os efeitos do aumento do movimento em direção à Região Oceânica, durante as épocas mais quentes do ano. Entre elas estão, por exemplo, o Túnel Charitas-Cafubá e a construção do corredor Transoceânico. Desta vez, a grande aposta da Prefeitura de Niterói é a nova Rotatória de Camboinhas, prevista para ser entregue a partir do dia 22 de novembro, aniversário de Niterói.

Região Oceânica vive mais um fim de semana de trânsito caótico

Região Oceânica é a principal opção de lazer em dias quenstes – Foto: André Freitas/Folha do Leste

A primeira parte da obra, que inclui a construção da praça e da área do ponto de ônibus, será entregue no dia 22. Já a parte viária, que está em fase final, será concluída em dezembro. As estruturas das duas pontes que compõem o projeto já estão finalizadas e atravessam o Canal de Camboatá. Além disso, parte da ciclovia também já foi demarcada e terá ligação com o Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis.

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Além da remodelação da rotatória, também estão em andamento obras de pavimentação das calçadas ao redor do canteiro de obras. As equipes também estão trabalhando na construção da praça central, de um dos pontos de ônibus do local, bem como na praça e no parcão para cães.

Desse modo, a previsão é entregar a primeira das três etapas da obra este mês, incluindo a conclusão da ponte de saída do bairro, que interligará a Avenida Professor Florestan Fernandes à Avenida Almirante Tamandaré, além da praça central e do parcão, e também do trecho da ciclofaixa que fará a conexão de Camboinhas com o Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis.

Morador reclama

Em contato com o FOLHA DO LESTE, o corretor imobiliário Guilherme Salles, morador de Piratininga há 12 anos, e frequentador da praia há 30 anos, mostrou-se cético com relação à nova rotatória de Camboinhas.

“Abrirão uma via de acesso boa, porém a complicação do transito não é na rotatória de Camboinhas e sim na saída de Piratininga. Não adianta abrir um gargalo maior se mais à frente afunilará o transito. A rotatória foi feita mais como um cartão postal do que para melhorar o transito”.

Ele lembrou de um estudo realizado pelo então prefeito Godofredo Pinto para criar uma estrada de em frete ao Clube Naval até o Jardim Imbui e uma avenida no lugar da Via Chico Xavier.

“Isso talvez ajudaria. Mas a Prefeitura de Niterói está mais preocupada em deixar a cidade bonita do que funcional”, criticou.

Já Milton Raphael, morador de Piratininga há 20 anos, entende que o problema do trânsito está na ausência de transporte púbico de qualidade e no excesso de veículos.

“Moramos numa região que todo mundo usa carro. Leva filho na escola, busca filho na escola, sai de carro pra trabalhar de manhã cedo, sai de carro pra estudar, tem que ver no Detran, é quase um carro por pessoa. Sem transporte público de qualidade, não tem como as pessoas não andarem de carro”, disse.

Nota da Prefeitura

A Subsecretaria de Trânsito e Transportes (SSTT) informa que os agentes atuaram nas diversas demandas da cidade. Foram aplicadas cerca de 100 autuações nos dois dias.

A NitTrans atuou na orientação do trânsito com um efetivo de 50 operadores de trânsito, quatro coordenadores de operação, 08 moto-patrulhas, seis viaturas e dois reboques.

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