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Região Oceânica: Moradores do Jardim Imbuí reclamam de obra parada

MP aponta falta de transparência em obra abandonada na Região Oceânica

Obra começou e parou no Jardim Imbuí: prefeitura promete retomada “em breve” 

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) apontou falta de transparência da Prefeitura de Niterói em relação à obra de drenagem e pavimentação do Jardim Imbuí, Região Oceânica de Niterói. Todavia, o serviço, licitado pela Empresa Municipal de Moradia Urbanização e Saneamento (Emusa), tem a promessa de retomada para breve.

No entanto, diante do atual estado de estagnação, o caso foi levado ao MPRJ por moradores do local. Segundo a denúncia, a intervenção foi iniciada em janeiro de 2022. Desse modo, deveria ter ficado pronta no final daquele ano. Contudo, quase um ano após o prazo, não houve conclusão da obra. Inclusive, a primeira vencedora do contrato de licitação, teria abandonado a obra. Por isso, uma outra empresa assumiu o contrato.

MP aponta falta de transparência em obra abandonada na Região Oceânica

Obra está parada no Jardim Imbuí

A empresa Sanerio venceu a licitação, mas abandonou a obra. Depois veio a FP Engenharia, mas houve a paralisação. A falta de informações impede que a população questione os responsáveis pela obra quanto ao cronograma na execução, haja vista a atual situação em que se encontram as ruas do bairro”, afirma a denúncia.

A obra

Em 21 de janeiro de 2022, o prefeito Axel Grael (PDT) assinou a a ordem de início para as obras de urbanização e infraestrutura no Jardim Imbuí. Segundo a Prefeitura, o projeto deveria contemplar 17 ruas, em um total de 4,7 km de obras e investimento de cerca de R$ 9 milhões. Atenderia as ruas dos Golfinhos, dos Mariscos, dos Pampos, das Conchas, das Ostras, Enchovas e Linguados.

Todavia, quase dois anos depois, a população reclama da obra inacabada. Segundo os moradores, as caixas de passagem abertas favorecem o acúmulo de água da chuva e, consequentemente, o aparecimento de focos de doenças transmitidas por mosquitos. Além disso, há manilhas esquecidas ao tempo e os buracos abertos pelos operários não estariam isolados de forma correta, antes da suspensão dos trabalhos.

Em julho de 2023, houve a publicação da ordem de paralisação do serviço, no Diário Oficial do Município. Sem dar maiores detalhes, a publicação, assinada pelo presidente da Emusa, afirma que a medida foi em decorrência de “motivos administrativos”.

MP aponta falta de transparência em obra abandonada na Região Oceânica

Obra no Jardim Imbuí parou por “motivos administrativos”

MPRJ fala em medidas notórias

A Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania de Niterói, que recebeu a denúncia, informou que o Inquérito Civil aguarda resposta da Emusa, inclusive quanto às indagações mais recentes encaminhadas pela Promotoria. Não há informações sobre diligências.

A Promotoria salientou ainda que são notórias as medidas já intentadas em face da Emusa com relação à falta de transparência e demais irregularidades. O MPRJ destaca o recente afastamento do presidente da Emusa por ordem do Juízo de 1º grau. Porém, lembrando que o mesmo teve recondução por decisão monocrática liminar em decisão de segunda instância.

O que diz a Emusa

A Emusa afirmou que os trabalhos de drenagem estão concluídos. E que pagou, até o momento, R$ 3,4 milhões dos R$ 8,8 milhões previstos, de acordo com as medições realizadas. Houve solicitações de reajustamento e aditivo ao valor do contrato, que encontram-se em fase final de análise. A empresa disse ainda que trabalhos serão retomados em breve, sem estabelecer, no entanto, uma data.

As assessorias de comunicação das empresas citadas não puderam ser localizadas. O espaço permanece aberto.

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