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Recorde de fuzis apreendidos pela PM do Rio em 2024

Apreendidos fuzis que seriam vendidos à maior facção criminosa do Rio.

Polícia Militar do Rio apreende 519 fuzis até outubro de 2024. (Divulgação/Polícia Militar)

A Polícia Militar do Rio de Janeiro atingiu um recorde histórico ao apreender 519 fuzis entre janeiro e 11 de outubro deste ano. Esse número supera a marca de 2019, quando 504 armas foram recolhidas. A série histórica de apreensões começou em 2015, e os dados mais recentes indicam que os policiais têm enfrentado um aumento no volume de armamento pesado em circulação.

O levantamento foi realizado pela Subsecretaria de Inteligência (SSI) da Secretaria da Polícia Militar (SPM), que acompanha diariamente as ações da corporação e analisa informações sobre a origem das armas e as áreas de maior apreensão. De acordo com o secretário da corporação, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, os números mostram a dedicação contínua dos agentes de segurança.

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Empenho e desafio na luta contra o tráfico internacional

Segundo o coronel Marcelo Nogueira, o alto número de apreensões é resultado do empenho dos policiais militares, que diariamente se arriscam para retirar essas armas das mãos de criminosos. “Esse número de fuzis demonstra que estamos salvando vidas ao impedir que essas armas continuem em circulação”, afirmou o coronel.

Ele destacou, no entanto, que o combate ao tráfico internacional de armas exige uma colaboração maior com as forças federais de segurança. “A maioria dos fuzis apreendidos é fabricada no exterior, e é crucial evitar que eles entrem no estado”, acrescentou Nogueira. A Polícia Militar, segundo ele, continuará trabalhando para apreender fuzis, mas a luta contra a entrada de armamentos requer mais integração entre as esferas de segurança.

Origem das armas e táticas dos criminosos

A Subsecretaria de Inteligência também revelou que quase metade dos fuzis apreendidos até 26 de setembro deste ano eram de fabricação norte-americana, especialmente da marca Colt. Apenas uma pequena fração das armas, menos de 5%, foi fabricada no Brasil. Outro dado relevante é que cerca de 30% dos fuzis não possuíam marca definida, indicando que as peças foram contrabandeadas separadamente e montadas posteriormente por criminosos.

Essa prática tem se tornado uma tática comum entre facções criminosas que atuam no Rio de Janeiro, uma vez que facilita o transporte das armas e dificulta a identificação de sua procedência. O levantamento indica que esses armamentos chegam ao estado desmontados, sendo montados posteriormente por armeiros a serviço do crime organizado.

Apreensões por áreas e distribuição geográfica

Outro estudo, referente ao período entre janeiro e 6 de outubro, mostrou a distribuição geográfica das apreensões de fuzis. Quase 47% das armas foram confiscadas nas zonas norte e oeste da capital, áreas tradicionalmente mais afetadas pela violência armada. Em seguida, a Baixada Fluminense aparece com 25,2% das apreensões, enquanto o Centro, a zona sul e uma parte da zona norte somaram 18,7%. Outras regiões do estado, como o leste fluminense, sul e Costa Verde, registraram percentuais menores de apreensões.

Esses dados revelam o padrão de distribuição dos armamentos e ajudam a direcionar as operações de combate ao crime. A Polícia Militar permanece vigilante nas áreas de maior risco, com o objetivo de enfraquecer as facções criminosas que controlam o tráfico de armas.

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