No palco grandioso dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a final da trave de equilíbrio na ginástica artística feminina trouxe uma inesperada mudança de roteiro, transformando protagonistas em coadjuvantes e revelando surpresas que marcarão a história desta competição. A medalha de ouro ficou com a italiana Alice D’Amato, a prata com a chinesa Yaqin Zhou e o bronze com a também italiana Manila Esposito.
A tensão era palpável no ginásio olímpico quando as ginastas começaram suas apresentações. A primeira a enfrentar a trave foi a chinesa Yaqin Zhou, líder na fase classificatória com uma pontuação impressionante de 14.866.
Zhou iniciou sua série com a confiança de uma campeã, mas um desequilíbrio crítico fez com que tocasse a trave, resultando em uma penalidade de 0.5 pontos e uma nota final de 14.100. Este deslize, no entanto, não a afastou do pódio. Ela terminaria a competição com a medalha de prata.
Quedas e notas inesperadas
Seguindo Zhou, as duas ginastas seguintes também encontraram dificuldades. Sunisa Lee, medalhista olímpica e uma das favoritas, sofreu uma queda durante sua execução, obtendo apenas 13.100 pontos. Julia Soares, do Brasil, enfrentou um desafio similar. Após uma queda durante a disputa por equipes, a curitibana caiu novamente na final, terminando com 12.333 pontos, a menor nota de sua participação nos Jogos.
A competição continuou a desafiar as ginastas, com Alice D’Amato, da Itália, alcançando a liderança parcial com 14.366 pontos, em uma apresentação bela e segura. Antes dela, Manila Esposito, também italiana, marcou 14.000 pontos, apesar de ter caído. Contudo, assegurou o terceiro lugar, com uma nota de 14.000, ficando 73 décimos na frente de Rebeca.
Sabrina Maneca-Voinea, da Romênia, caiu duas vezes e concluiu a competição com 11.733 pontos, a nota mais baixa da final.
Rebeca Andrade e Simone Biles, dois dos maiores nomes da ginástica artística mundial, também não conseguiram alcançar o pódio.
Simone Biles, conhecida por sua impressionante habilidade e resiliência, começou muito bem sua apresentação mas teve uma queda incomum. Como resultado, obteve 13.100 pontos, mesma pontuação da compatriota Sunisa Lee.
Rebeca, com uma apresentação sólida e sem quedas, marcou 13.933 pontos, ficando fora das três primeiras colocações. Sua nota de partida ficou muito baixa, assim como sua série. Última a se apresentar, Rebeca fez uma apresentação conservadora e correta, mas alguns jurados entenderam que a série teve alguns problemas de execução. Porém, a torcida não aceitou o resultado e não deixa de exclamar Rebeca roubada.
Expectativas
A final da trave de equilíbrio em Paris 2024 mostrou como a pressão e a precisão são cruciais na ginástica artística, tal qual a subjetividade no julgamento.
A queda de grandes estrelas como Simone Biles, Yaqin Zhou, e Sunisa Lee, além dos desequilíbrios e penalidades, destacaram a imprevisibilidade e a emoção deste esporte. Ao mesmo tempo, levanta questionamentos sobre os fatores levados em consideração na aplicação das notas.
Contudo, as ginastas mostraram coragem e determinação, refletindo a verdadeira essência olímpica, mesmo quando o resultado não corresponde ao esperado.