Rio de Janeiro - Capital

Quatro capivaras mortas são encontradas na Zona Oeste do Rio

Quatro capivaras mortas são encontradas na Zona Oeste do Rio

Quatro capivaras mortas são encontradas na Zona Oeste do Rio | Divulgação/Mário Moscatelli

Quatro capivaras foram descobertas mortas nas últimas duas semanas na área do Complexo Lagunar da Barra e Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Os corpos dos animais apresentavam sinais de perfurações, indicativas do uso de armas de caça, segundo as denúncias recebidas. O biólogo e mestre em ecologia, Mário Moscatelli, informou que a carne das capivaras mortas está sendo comercializada em feiras da região.

Mário Moscatelli destacou que as capivaras são vendidas, especialmente aos fins de semana, para pessoas que consomem carnes de caça. “Entretanto, existem dois problemas graves: a prática da caça é um crime ambiental e o consumo dessa carne pode levar a contaminações”, explicou o biólogo.

+ LEIA TAMBÉM: ►Nova vacina protege bebês do vírus da bronquiolite

De acordo com o Artigo 29 da Lei 9.605/1998, matar, perseguir, caçar ou utilizar animais da fauna silvestre sem autorização é crime. As penalidades podem chegar a um ano de reclusão e multas variando entre R$ 1 mil a R$ 10 mil. Em casos de animais raros, a pena pode ser aumentada para um ano e meio.

Quatro capivaras mortas são encontradas na Zona Oeste do Rio

Quatro capivaras mortas são encontradas na Zona Oeste do Rio | Divulgação/Mário Moscatelli

Moscatelli alertou que a carne das capivaras pode conter toxinas produzidas por cianobactérias, que representam riscos sérios para a saúde humana. Essas toxinas podem interromper funções do fígado, causar paralisias, irritar a pele e, em casos raros, resultar em câncer.

“Essas toxinas permanecem na carne, independentemente de como ela é preparada, seja frita, cozida ou assada. Assim, as pessoas estão consumindo carne contaminada”, enfatizou.

+ MAIS NOTÍCIAS DO RIO DE JANEIRO? CLIQUE AQUI

O biólogo também apresentou imagens dos animais abatidos, que mostram marcas de tiros. Ele elaborou um mapa do complexo, onde assinalou as áreas em que os corpos foram encontrados. Há indícios da morte de uma quinta capivara, que ainda não foi localizada.

“É urgente que haja um trabalho de gestão e fiscalização permanente, uma vez que capivaras e jacarés são ativos econômicos ambientais na cidade do Rio. À medida que o sistema lagunar de Jacarepaguá se recupera, esses animais se tornam essenciais para a área, principalmente em atividades de ecoturismo. Sem dúvida, capivaras e jacarés valem muito mais vivos do que mortos”, ressaltou Moscatelli.

O caso das capivaras mortas está sendo investigado pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), localizada na Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte. A Polícia Civil informou que os agentes estão realizando diligências para identificar os responsáveis pelo crime.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente foi questionada sobre o caso e as atividades de fiscalização mencionadas por Moscatelli, mas ainda não retornou. O espaço permanece aberto para investigações.

http://instagram.com/folhadoleste

Siga o Folha do Leste no Instagram!

Curta e siga o Folha do Leste no Facebook!

Curta e siga o Folha do Leste no Facebook!

Você também pode gostar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *