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Quando nos conscientizamos as peças se encaixam

Quando nos conscientizamos as peças se encaixam

Foto Criada – Rita Carvalho

“A mente de uma criança com Transtorno do Espectro Autista pode ser associada a um quebra-cabeças. Parece difícil de entendê-la no primeiro momento. Porém, quando utilizamos a metodologia certa as tornamos fácil e percebemos que as dificuldades podem ser superadas”. Jorge Tertulian.

Descrevendo o autismo.

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na comunicação social ou interação social.

– Dificuldade com as linguagens verbal ou não verbal.

– Distanciamento de reciprocidade socioemocional.

– Manter padrões restritos e repetitivos de comportamento.

– Produzir movimentos contínuos, interesses fixos.

– Possuir hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais.

Todos os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada um deles será afetado em intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares. Apesar de ainda ser chamado de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida

O que é o TEA?

Transtorno do espectro Autista. O termo autismo foi criado em 1908 pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler para descrever a fuga da realidade para um mundo interior observando os pacientes esquizofrênicos.

Durante os anos 50, houve muita confusão sobre a natureza do autismo, e a crença mais comum era de que o distúrbio seria causado por pais emocionalmente distantes (hipótese da “mãe geladeira”, criada por Leo Kanner).

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O psiquiatra Michael Rutter classifica o autismo como um distúrbio do desenvolvimento cognitivo, indicando como compreender o transtorno.

– Ele propõe uma definição com base em quatro critérios:

– Atraso e desvio sociais não só como deficiência intelectual;

– Problemas de comunicação não só em função de deficiência intelectual associada;

– Comportamentos incomuns, tais como movimentos estereotipados e maneirismos;

Início antes dos 30 meses de idade

Existem inúmeras questões diferentes que são chamadas de Autismo. Diferentes em forma, conteúdo e intensidade. Mas o mais interessante é que não se sabe o que ocasiona as TEAS (Transtornos de Espectro Autista).

As causas do TEA não são totalmente desconhecidas, e a pesquisa científica sempre concentrou esforços no estudo da predisposição genética, analisando mutações espontâneas que podem ocorrer no desenvolvimento do feto e a herança genética passada de pais para filhos.

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No entanto, já há evidências de que as causas hereditárias explicariam apenas metade do risco de desenvolver TEA. Fatores ambientais que impactam o feto, como estresse (…) (entre outros fatores). Aqui a epigenética tem contribuído demais, tem trazido chaves para decifrar alguns segredos da hereditariedade.

A ciência é imprescindível, para a compreensão do homem e do mundo, assim como também é importante olhar para as relações do homem com o ambiente que vive, mas a ciência não conseguiu encontrar a raiz do problema. Infelizmente quando usamos a ciências para olharmos o mundo, vemos apenas partes e não o todo, é isso nos faz questionar, afinal o mundo é complexo e não temos uma ciência que abrace todos os conhecimentos.

Quando nos conscientizamos as peças se encaixam

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“O autismo não é um quebra-cabeça a ser resolvido. É um ser humano a ser compreendido”. Michael McCreary

MITOS SOBRE O AUTISMO

– A falta de carinho e amor dos pais causa o autismo.

– Traumas psicológicos causam autismo.

– Deve-se permitir que crianças com sinais precoces de autismo cresçam sem intervenção até que o diagnóstico seja concluído.

– Autistas vivem em seus= próprio mundo.

– Eles são incapazes de amar e reterem empatia.

– Autistas não se desenvolvem intelectualmente, ou seja, não aprendem.

– Autista tem que estudar e trabalhar em locais especializados.

Quando nos conscientizamos as peças se encaixam

Foto Criada – Rita Carvalho

Constelações sistêmicas e o Autismo

O autismo nos remete a importantes questões relacionadas com as Constelações Sistêmicas, porque mais do que herdadas, são doenças do amor, e por isso, este é um dos assuntos que mais me chamam atenção no campo fenomenológico, porém, bem antes das constelações lembro-me como se fosse ontem, quando lendo o livro A doença como caminho da cura e posteriormente, A doença como símbolo, ambos de Rudiger Dahlke, quando comecei a meus estudos em psicossomática, fiquei eufórica, maravilhada, e ao mesmo tempo confusa porque tudo estava conectado com o emocional, tudo se encaixava, mas tarde as Constelações e seus fenômenos, fiquei admirada e muito chocada, como era possível tamanha conexão, entre tudo e todos, ao longo dos meus atendimentos, fui observando que o que acontece nas constelações é uma força profunda, e que ela advém da alma, e então comecei a estudar e ver repetições, normalmente o autismo esta ligado a uma exclusão, muitas vezes observei um irmão mais anterior, que não ficou. Enfim, sou apaixonando pelas terapias integrativas e em especial as Constelações, porque existe um caminho de compreensão e cura, para quem deseja, para quem busca de coração uma solução para uma angústia, uma dor, uma solidão, ou até mesmo uma doença.

Terapias e Conhecimento

O que é sintoma ou doença? E o que é saúde ou cura? Tudo depende de como vemos o mundo que nos cerca e as energias que o compõe e de como vemos as nossas energias físicas, mentais, emocionais e espirituais, para as constelações sistêmicas, o autismo, tem um gatilho de trauma entre as gerações passadas, normalmente sofridos por membros que foram, excluídos da linhagem familiar que trazem seus códigos de identificação para o indivíduo da geração atual, o Autista tem um comportamento de isolamento social, vivenciando uma compensação sistêmica, identificado com alguém excluído, ele se exclui, assim como seu antepassado da linhagem do pai ou da mãe.

Na Constelação fazemos o movimento de incluir o antepassado excluído, honrando pai e mãe e trazendo a linhagem da vida de volta, desta forma surge o equilíbrio nas relações. Como em inúmeras outras áreas, a Constelação Sistêmica como coadjuvante tem auxiliado muito na melhora terapêutica e gradual de quem tem Transtorno de Espectro Autista (TEA).

As Constelações apresentam resultados, e sua utilização como prática terapêutica é aceita no SUS (Sistema Único de Saúde).Bert Hellinger juntou nas constelações um conteúdo amplo de terapias e conhecimentos tradicionais, além de anos de estudos, de psicanalise, de psicossomática, de filosofia, de teologia e ancestralidade que aprendeu com as Tribos Zulus, as constelações é uma área muito nova das terapias, e ela busca durante a sua jornada aliar conhecimentos tradicionais, orientais, naturais, afim de encontrar as respostas que a “ciência” mais tarde irá confirmar.

https://autismoerealidade.org.br/o-que-e-o-autismo/

Quando nos conscientizamos as peças se encaixam

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“As pessoas mais interessantes que você vai encontrar são aquelas que não cabem em sua caixa de papelão comum. Elas farão o que precisam, farão suas próprias caixas”.
Dr. Temple Grandin.

 

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