Tornado no Paraná é reclassificado como F4 após laudo do Simepar
Tornado no Paraná é reclassificado como F4 após laudo do Simepar | Alex Rafael Silvério / Olho Vivo Paraná
O tornado F4 no Paraná provocou uma devastação maior do que se imaginava e alterou a escala de danos no estado. O novo laudo do Simepar confirmou que Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava enfrentaram ventos acima de 330 km/h, cenário que elevou a força do fenômeno para o segundo nível mais alto da escala Fujita.
A cidade de Rio Bonito enfrenta reconstrução lenta, já que o desastre matou sete moradores e deixou 773 feridos. O impacto destruiu áreas extensas e mudou até a coloração da água na represa do Rio Iguaçu, marcada por sedimentos suspensos após a passagem da supercélula.
O estudo técnico do Simepar, com mais de 130 páginas, usou análise meteorológica, sensoriamento remoto e avaliação em campo. As equipes mapearam três tornados. Dois deles atingiram força F4 em Rio Bonito do Iguaçu e no distrito Entre Rios, em Guarapuava. O terceiro, que atingiu Turvo, permaneceu na categoria F2.
A investigação indica que o ramo frio de um ciclone extratropical impulsionou tempestades intensas no Paraná. Algumas delas ganharam rotação e se transformaram em supercélulas que percorreram até 270 km com velocidade média de 80 km/h.
O primeiro tornado, classificado como F4, percorreu 75 km e impactou cerca de 12,4 mil hectares, com largura que variou entre 750 metros e 3,2 mil metros. O segundo, também F4, causou destruição em um trajeto de 44 km e área superior a 2,3 mil hectares. O terceiro, F2, avançou por 12 km e atingiu 750 hectares.
A escala Fujita aponta que tornados F4 podem chegar a 418 km/h, força que costuma provocar danos estruturais extremos. O evento registrado pelo Simepar é considerado um dos mais significativos no Paraná em três décadas.
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