Foto: Ministério Público de São Paulo
Após uma intensa investigação da Polícia Civil de São Paulo, Jonathan foi interrogado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) nesta terça-feira (8). No entanto, ele preferiu ficar em silêncio. A polícia decidiu indiciar o suspeito por homicídio doloso na modalidade de dolo eventual, ou seja, quando há a assunção do risco de matar.
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Após passar por uma avaliação no Instituto Médico Legal (IML), Jonathan retornou ao 8º DP (Brás), onde ficará sob prisão temporária até a conclusão do inquérito policial. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) apoiou a ação do DHPP de São Paulo na prisão do suspeito. A localização de Jonathan foi possível graças a uma ação conjunta entre as polícias do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Antes de ser preso, Jonathan atuava como diretor adjunto e professor na Escola Municipal Almirante Saldanha da Gama, em Campo Grande, no Rio de Janeiro. A Secretaria Municipal de Educação prontamente o afastou de suas funções e repudiou o crime.
Relembre o Caso
O trágico incidente ocorreu durante uma confusão entre torcidas de Flamengo e Palmeiras na entrada do estádio Allianz Parque. Gabriela Anelli foi atingida na artéria jugular por estilhaços de uma garrafa arremessada. Apesar de receber atendimento médico e ser levada ao hospital Santa Casa, em São Paulo, ela sofreu duas paradas cardíacas e faleceu dois dias depois.
Nas investigações iniciais, a polícia havia prendido Leonardo Felipe Xavier Santiago em flagrante, porém, ele foi solto após pedido do Ministério Público. O promotor Rogério Leão Zagallo alegou que as provas eram inconclusivas. Com a soltura de Leonardo, as investigações foram retomadas na busca pelo verdadeiro suspeito do arremesso da garrafa.
Projeto de Lei
Após esse triste episódio, um Projeto de Lei está em tramitação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro para proibir a venda de produtos em recipientes de vidro nas proximidades de estádios de futebol.
O objetivo é garantir a segurança e a integridade física da população. Se aprovada, a lei proibirá a venda e o uso desses materiais a 400 metros dos estádios, nas cinco horas que antecedem os eventos esportivos.
A fiscalização e punição aos estabelecimentos que descumprirem a lei ficará a cargo das secretarias competentes, que poderão aplicar multas.
