Refeições escolares precisam ser mais nutritivas, alerta Unesco

Refeições escolares precisam ser mais nutritivas, alerta Unesco | Sergio Amaral/Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social
Quase metade das crianças do mundo já tem acesso à alimentação escolar, mas a Unesco alerta: o cardápio ainda não garante refeições escolares nutritivas. O novo relatório pede que governos priorizem alimentos frescos, locais e equilibrados, aliados à educação alimentar.
Nutrição que impacta a aprendizagem
O documento mostra que cardápios balanceados aumentam em até 9% as matrículas e em 8% a frequência escolar. Além disso, melhoram o desempenho pedagógico e reduzem riscos de doenças ligadas à má alimentação.
Alerta contra ultraprocessados
A falta de monitoramento, segundo a Unesco, contribui para a explosão da obesidade infantil, que mais que dobrou desde 1990. O relatório critica a presença de ultraprocessados e defende a valorização da agricultura familiar como alternativa para garantir qualidade e identidade cultural nas refeições.
Exemplos pelo mundo
O Brasil foi citado pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que restringe ultraprocessados, embora precise ampliar a fiscalização. Na China, a inclusão de vegetais e ovos em escolas rurais elevou a frequência escolar. Na Nigéria, refeições locais aumentaram em 20% as matrículas. Na Índia, o uso de milheto fortificado melhorou memória e atenção de adolescentes.
Caminho para 2025
A Unesco promete lançar ferramentas de monitoramento e formação para gestores e professores ainda neste ano. A meta é ampliar a qualidade das refeições e reforçar a educação alimentar nos currículos.
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