Inflação recua e Boletim Focus mantém projeções estáveis para PIB, câmbio e Selic
Inflação recua e Boletim Focus mantém projeções estáveis para PIB, câmbio e Selic | Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Central mostra que o mercado financeiro reduziu a projeção da inflação oficial de 4,80% para 4,72%.
Mesmo com a leve queda, o índice ainda supera o teto da meta de 4,5%, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
As projeções para 2026 (4,28%) e 2027 (3,9%) seguem inalteradas há semanas.
PIB, câmbio e Selic mantêm estabilidade
Os demais indicadores do Boletim Focus permaneceram estáveis. O Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2,16% em 2025, repetindo a projeção das últimas cinco semanas.
O dólar deve fechar o próximo ano em R$ 5,43, valor abaixo dos R$ 5,50 previstos há quatro semanas. Para 2026, a expectativa é de queda na cotação da moeda americana.
A taxa básica de juros (Selic) segue projetada em 15% ao ano, pela 16ª semana consecutiva. Para 2026 e 2027, o mercado estima recuo para 12,25% e 10,50%, respectivamente.
Selic deve permanecer alta por mais tempo
O Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que pretende manter a Selic elevada por um período prolongado. A decisão busca garantir o controle da inflação e evitar pressões sobre os preços.
Quando o BC eleva os juros, o crédito encarece, e a demanda diminui, ajudando a conter a inflação. Em contrapartida, taxas altas podem desacelerar a economia.
Já a redução da Selic tende a baratear o crédito, incentivar o consumo e a produção, mas pode aumentar a pressão inflacionária.
IBGE aponta alta dos preços em setembro
O IBGE divulgou que a prévia da inflação de setembro subiu 0,48%, impulsionada pelo aumento da energia elétrica. Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,17%.
Apesar disso, o mês anterior registrou deflação de -0,14%. Os alimentos apresentaram queda de 0,35% em setembro, marcando o quarto recuo seguido.
Perspectivas para os próximos anos
O mercado espera crescimento moderado da economia nos próximos anos. Para 2026, a previsão do PIB é de 1,80%, enquanto para 2027 caiu de 1,90% para 1,83%.
O câmbio deve se manter em torno de R$ 5,50 até 2027. Analistas afirmam que a estabilidade dos números reflete cautela diante do cenário internacional e das incertezas fiscais internas.
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