
Foto: AFP
Milhares de pessoas desafiaram, nesta quarta-feira, 20 de dezembro, a proibição de fechar as ruas na Argentina em um protesto contra o presidente Javier Milei. Apesar do forte aparato policial, a adesão foi menor do que o previsto. O protesto encerrou às 18h, após a leitura da declaração dos movimentos sociais contra o “Plano Motosserra”, proposto pelo libertário, que visa um ajuste fiscal para combater a crise.
O plano para conter as manifestações foi elaborado pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich, que se juntou a Milei depois de ficar em terceiro lugar nas eleições. O presidente acompanhou a operação na sede da Polícia Federal, em Buenos Aires.
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Segundo o jornal “Clarín”, cerca de 5 mil agentes foram mobilizados, sendo a maioria da Polícia Federal e da polícia da cidade. Apesar disso, os movimentos sociais reuniram apenas cerca de 10 mil pessoas, bem abaixo das 50 mil esperadas.
Durante o protesto, houve confusão entre os manifestantes e as forças de segurança nos arredores da Praça de Maio. Um vídeo divulgado pelo jornal “La Nación” mostrou uma briga em início. Segundo a imprensa local, pelo menos duas pessoas foram detidas. Um tribunal rejeitou o pedido de habeas corpus preventivo apresentado por ativistas contra o plano de segurança do governo. A decisão ressalta que não há restrições ou ameaças à liberdade no momento.
O Massacre
Tradicionalmente, os movimentos sociais protestam em 20 de dezembro para relembrar o massacre da Praça de Maio de 2001, onde 39 pessoas foram mortas durante uma marcha contra o então ministro da Economia.
Neste ano, sindicatos e movimentos sociais criticaram as medidas econômicas do presidente e prometeram enfrentar o protocolo de segurança. O governo chegou a ameaçar cortar benefícios sociais de quem fosse flagrado fechando as vias.