Foto: Divulgação – Enel
Pressionado após a crise no sistema de energia nas áreas sob concessão da Enel e alvo de diversas comissões parlamentares de inquérito (CPIs), o presidente da empresa no Brasil, Nicola Cotugno, renunciou ao cargo, nesta quinta-feira (23). A concessionária confirmou a informação, por meio de nota.
Seu substituto já foi anunciado: Antonio Scala, executivo com 18 anos de trajetória à frente de diversas áreas na Enel, foi indicado para o cargo. Caberá a ele representar a empresa, na próxima terça-feira (28), em reunião da CPI dos Serviços Delegados e Agências Reguladoras, da Alerj.
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Oficialmente, a Enel afirma que saída de Cotugno foi definida em reuniões de Conselho das distribuidoras e da Enel Brasil em outubro. Para apoiar o processo de substituição e as recentes contingências, o executivo prorrogou a sua saída para 22 de novembro.
Desse modo, a Enel afirma que Cotugno “deixa o Grupo para se aposentar”. Ainda segundo a concessionária, até que sejam concluídos os trâmites administrativos necessários para nomeação de Antonio Scala, o presidente do Conselho de Administração, Guilherme Gomes Lencastre, assumirá a posição de forma interina.
Ignorando os recentes problemas, a empresa afirma que, sob a gestão de Cotugno, a Enel se tornou uma empresa 100% renovável no País e ampliou em 76% a capacidade de geração eólica e solar. Apesar dos constantes apagões, a concessionária destacou que o agora ex-presidente investiu R$ 17 bilhões de 2019 a setembro de 2023 nas áreas de concessão de São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará com foco na modernização da rede elétrica.
“Nesse período, Cotugno promoveu a transição energética em diversas frentes, com o incentivo à mobilidade elétrica e parcerias para eletrificação sustentável de grandes empresas e cidades. No mercado livre, nos últimos cinco anos, a companhia mais do que triplicou o volume de energia entregue”, afirmou a Enel.
