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Prefeitura do Rio se prepara para o verão com investimentos de R$ 3,3 bilhões

Prefeitura do Rio se prepara para o verão com investimentos de R$ 3,3 bilhões

Coletiva no Centro de Operações Rio (COR). Prefeitura se prepara para o verão com investimentos de R$ 3,3 bilhões | Foto: Marcos de Paula/Prefeitura do Rio

Com a chegada da temporada de calor intenso e chuvas fortes, a Prefeitura do Rio de Janeiro lança o Plano Verão 2024/2025. Esta iniciativa busca proteger os cidadãos e mitigar os efeitos adversos das mudanças climáticas, através de um investimento recorde de R$ 3,3 bilhões. Esse montante, aplicado nos últimos quatro anos, financiou 488 projetos voltados à prevenção e infraestrutura, refletindo a urgência da cidade em se adaptar às novas realidades climáticas.

O Plano Verão mobiliza 36 órgãos e secretarias, além de empresas públicas e subprefeituras. As ações incluem obras de contenção de encostas, drenagem e manutenção urbana. Entre as atividades destacadas estão podas de árvores, desassoreamento de rios e a limpeza de galerias de águas pluviais. Para facilitar a comunicação em dias de forte chuva, foram estabelecidos protocolos de orientação à população.

Durante uma coletiva no Centro de Operações Rio (COR), o prefeito Eduardo Paes ressaltou a importância da colaboração dos cidadãos.

“É crucial que a população esteja atenta e colabore com as autoridades, especialmente aqueles que residem em áreas vulneráveis”, declarou.

Essa parceria é vista como fundamental para minimizar os impactos das chuvas e evitar tragédias.

Ações focadas em áreas críticas

As intervenções se concentram em áreas historicamente afetadas por inundações, como Jardim Maravilha, Acari, Realengo e a Bacia do Canal do Mangue. Em Jardim Maravilha, um dique será construído para conter alagamentos, enquanto Acari terá sua calha de rio urbanizada, beneficiando cerca de 79 mil pessoas. As obras visam transformar realidades que há anos enfrentam desafios com as chuvas, garantindo segurança e qualidade de vida aos moradores.

O prefeito enfatizou que, embora o progresso seja notável, regiões como Jardim Maravilha e Rio Acari ainda são consideradas críticas para esta temporada.

“Os recursos já estão garantidos pelo Governo Federal e as obras estão em andamento”, afirmou Paes, destacando a continuidade dos esforços na luta contra as enchentes.

Investimentos em infraestrutura e tecnologias

Nos últimos quatro anos, o investimento em obras de drenagem e infraestrutura chegou a R$ 1,7 bilhão, envolvendo contenção de encostas e eliminação de pontos críticos de alagamento. O programa Bairro Maravilha, que visa transformar 113 localidades, já mostra resultados positivos na melhoria da drenagem e urbanização.

A Prefeitura também se destacou na limpeza de galerias de águas pluviais, com um recorde de 3,5 mil quilômetros limpos, equivalendo à distância entre o Rio e Porto Velho. Além disso, foram desassoreados mais de 420 quilômetros de rios, retirando mais de 1,5 milhão de toneladas de material.

Espaços verdes e protocolos de calor

Com o intuito de oferecer conforto térmico à população, a Prefeitura investiu R$ 400 milhões na criação de parques e áreas verdes. As novas áreas, além de promover a biodiversidade, atuam como esponjas naturais, diminuindo o impacto das chuvas na cidade. O Parque Oeste, por exemplo, já começou a ser construído, prevendo uma área de 234 mil metros quadrados.

O verão de 2024/2025 será marcado também pela implementação do Protocolo de Enfrentamento ao Calor Extremo, que estabelece medidas de assistência em dias de altas temperaturas. Serão 52 pontos de resfriamento, como parques e centros comunitários, para acolher a população durante ondas de calor.

Monitoramento avançado e tecnologia

Uma das inovações mais significativas para esta temporada é a operação de dois radares meteorológicos, que aumentam a capacidade de monitoramento e previsão de eventos climáticos. O radar da Serra do Mendanha, adquirido recentemente, permite a leitura detalhada de chuvas e até a previsão de granizo.

Além disso, um sistema de monitoramento de descargas atmosféricas foi implantado para prever tempestades e auxiliar na tomada de decisão em momentos críticos. A colaboração com a NASA também permitiu que o Rio implementasse um modelo avançado para monitorar deslizamentos de terra.

Um modelo de gestão de emergências

Desde sua criação, em 2010, o COR se tornou um modelo nacional em gestão de emergências. Com atualizações frequentes da previsão do tempo e equipes dedicadas, o centro se consolidou como uma referência na coordenação de ações de resposta a desastres naturais.

Com todas essas iniciativas, a Prefeitura do Rio demonstra um comprometimento significativo em enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

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