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Porto da Pedra é alvo de críticas desproporcionais

Porto da Pedra pisa forte na Sapucaí com muito luxo

Foto: André Freitas – Folha do Leste

A escola de samba Unidos do Porto da Pedra, de São Gonçalo, é alvo de críticas desproporcionais após desfile plasticamente belíssimo, no último domingo (11), na Marquês de Sapucaí. Internautas e alguns jornalistas especializados em Carnaval pedem até mesmo o rebaixamento da agremiação devido a alguns problemas técnicos apresentados.

A agremiação desfilou com o enredo “O Lunário Perpétuo: A Profética do Saber Popular”, do carnavalesco Mauro Quintaes, em alusão à obra homônima de 1594. A escola teve um início de desfile arrebatador. De acordo com avaliação da equipe do FOLHA DO LESTE, presente na Marquês de Saucaí, o Tigre apresentou estética superior à Beija-Flor e Unidos da Tijuca.

Entretanto, no último setor da escola – o Lunário Perpétuo de um Brincante, que o maior desafio surgiu. Justamente, no momento em que as alas com referência ao artista se apresentavam. Quando todas as alas já haviam entrado na avenida, o último carro teve dificuldades para adentrar à pista. A escola abriu um buraco grande, de quase 100 metros, em frente ao módulo duplo de julgadores. Uma jornalista ficou levemente ferida.

Através da internet, internautas carregaram o peso nas críticas à escola de São Gonçalo. É importante frisar que, ao longo dos últimos anos, tem sido comum que agremiações do Leste Fluminense não tenham o mesmo apreço de parte da imprensa e dos espectadores se comparado a escolas da capital e Baixada Fluminense.

A Viradouro, por exemplo, que jamais ficou fora do top-3 desde 2019, quando retornou ao Grupo Especial, por vezes sequer é listada entre as favoritas. Na Série Ouro de 2024, há quem não aposte nas chances de acesso da União de Maricá, mesmo após luxuoso desfile.

Desfile da Porto da Pedra começou com a energia lá em cima, a escola não manteve, alegorias com falhas gritantes de acabamento, salvou apenas o samba-enredo e fantasias das alas, somente. Componentes da terceira alegoria com fantasias incompletas. Até então é a escola rebaixada”, disse um internauta, através do X (antigo Twitter), mesmo com a Porto da Pedra tendo sido a única a desfilar até aquele momento.

Desfiles problemáticos passaram imunes a críticas

É importante ressaltar que, em 2022, a Beija-Flor teve problemas em seu carro abre-alas, no qual não conseguiu acomodar todos seus destaques. Mesmo assim, passou imune a críticas e foi vice-campeã. Em 2022 e 2023, a Portela fez desfiles problemáticos, com direito a “buraco”, no ano passado, maior do que o da Porto da Pedra, mas não se falou em rebaixamento. E seu lugar, caiu o Império Serrano, que fez uma apresentação correta.

Em outros casos como em 2017, quando alegorias da Unidos da Tijuca e Paraíso do Tuiuti sofreram incidentes graves, deixando componentes e jornalistas feridos, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) cancelou o rebaixamento naquele ano.

O mesmo aconteceu no ano seguinte, em 2018, quando um carro alegórico da Grande Rio (conhecida por abrigar diversos famosos entre seus componentes), quebrou durante o desfile. A escola seria relegada à Série Ouro, mas a Liga novamente anulou o descenço. Embora alguns espectadores tenham criticado a medida, a aceitação foi maior.

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