Deputado Federal Chiquinho Brazão | Lula Marques/Agência Brasil
Políticos de Niterói se manifestaram sobre a votação, na Câmara dos Deputados, que manteve a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de participação no assassinato da vereadora da cidade do Rio, Marielle Franco (PSOL), bem como do motorista Anderson Gomes. Sobretudo, a maioria dos posicionamentos foi de correligionários de Marielle, que atacaram aqueles que votaram contra a prisão de Brazão.
O vereador de Niterói, Paulo Eduardo Gomes (PSOL), atacou diretamente o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ). Este último, pré-candidato a prefeito de Niterói, votou favorável á soltura de Chiquinho Brazão.
Vereador Paulo Eduardo Gomes (Psol) | Reprodução
“Na tarde desta quarta-feira, 10 de abril, a Câmara dos Deputados votou pela manutenção da prisão de Chiquinho Brazão, mandante dos assassinatos de Marielle e Anderson, para a surpresa de ninguém, Carlos Jordy votou contra a prisão de Chiquinho”, disse Gomes.
Também vereador de Niterói, Leonardo Giordano (PCdoB) se manifestou de forma mais contida. O parlamentar limitou-se a compartilhar uma postagem da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), acompanhado de uma curta legenda, celebrando a manutenção da prisão de Brazão.
Vereador Leonardo Giordano | Divulgação
“Grande vitória”, disse Giordano,
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Correligionário de Marielle, o vereador Professor Tulio (PSOL) também mirou sua artilharia contra Carlos Jordy.
“Por que o deputado federal Carlos Jordy, pré-candidato a prefeito de Niterói, votou a favor da liberação de Chiquinho Brazão, assassino de Marielle Franco?”, questionou o vereador de Niterói.
Por sua vez, a vereadora Benny Briolly (PSOL) preferiu não direcionar suas atenções a um político específico. A parlamentar preferiu divulgar os nomes de deputados fluminenses ausentes, votos contrários e abstenções.
Vereadora Benny Briolly |Divulgação
“Temos que nomear e deixar bem nítida a imagem de quem prejudica a democracia brasileira. E mais do que isso, compactua com a violência e assassinato direcionado aos corpos de Marielle Franco e Anderson. Não podemos comprometer com uma política genocida que não representa os interesses e a vontade do povo”, disse a vereadora.
Por fim, o deputado estadual Flavio Serafini (PSOL) optou por celebrar o resultado da votação, que manteve a prisão de Chiquinho Brazão.
“Foram 277 votos na Câmara dos Deputados pela manutenção da prisão de Chiquinho Brazão. A memória de nossa companheira Marielle, Anderson e a democracia brasileira respiram. Queremos investigações limpas e serias até o fim deste caso”, disse o deputado.
Votação
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (10) o parecer que determina a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). Em votação no plenário da Casa, 277 deputados votaram a favor e 129 votaram contra, além de 28 abstenções. Eram necessários 257 votos para manter a prisão, ou seja, a maioria absoluta dos membros da Câmara.
Em suma, o deputado é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.
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Brazão está preso por obstrução de Justiça desde 24 de março, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A decisão teve confirmação, por unanimidade, pela Primeira Turma do STF, que também determinou a prisão do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro Domingos Brazão e do delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa. Os três são investigados por envolvimento no homicídio de Marielle e Anderson.
