
PF faz operação em Nilópolis para pegar compradores de votos das eleições de 2024 | Arquivo/PF/Divulgação
A Polícia Federal (PF) avança no combate aos crimes eleitorais que mancharam as eleições municipais de 2024 em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Nesta quinta-feira (13/02), a Operação Astreia aprofunda o sofisticado esquema de corrupção usado para compra de votos, assim como para lavagem de dinheiro e fraude. Com investigações iniciadas em outubro do mesmo ano, a ação alcançou hoje um ponto crucial, com agentes cumprindo dois mandados de busca e apreensão no município.
Conforme detalhes revelados pelas investigações da PF, uma organização criminosa orquestrava a compra de votos, utilizava candidaturas fictícias para fraudar cotas de gênero e desviava recursos do financiamento eleitoral. O dinheiro “lavado” abastecia campanhas ilegais, bem como enriquecia integrantes do esquema. As investigações começaram após a prisão em flagrante de 24 pessoas, surpreendidas com grandes somas de dinheiro que seriam usadas para subornar eleitores.
Corrupção eleitoral e suas ramificações
A prática criminosa não se limitava à compra de votos. Documentos analisados revelaram o envolvimento de servidores públicos e políticos locais, ampliando a teia de corrupção. O uso de candidaturas laranjas ajudava a disfarçar desvios milionários e garantir a aparente “legalidade” dos atos eleitorais. A atuação integrada da Polícia Federal promete desdobramentos que podem atingir altos escalões da política local.
Entre os crimes investigados estão organização criminosa, corrupção eleitoral, fraude à cota de gênero, lavagem de dinheiro e apropriação de recursos destinados às eleições. Nesse sentido, a Operação Astreia revela o que ocorre quando há uma fiscalização mais rigorosa do processo eleitoral e no financiamento de campanhas.
O flagrante que originou a investigação
Em outubro de 2024, durante as eleições municipais, agentes da Polícia Federal prenderam 24 indivíduos em Nilópolis. A ação desarticulou uma rede que portava altos valores em espécie, destinados à compra de votos. A prisão desencadeou a investigação mais ampla, expondo o funcionamento detalhado do esquema. Agora, com as buscas realizadas, mais provas prometem fechar o cerco contra os envolvidos.
Além disso, depoimentos e análises bancárias indicam ligações com outros estados, apontando para um esquema ainda maior. Em resumo, a Operação Astreia deixa claro: os criminosos serão levados à justiça.
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