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Poeira de Brumadinho afeta saúde de crianças, revela estudo

Poeira de Brumadinho afeta saúde de crianças, revela estudo

Foto: REUTERS – Washington Alves

Cinco anos após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais, um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que a poeira presente nas áreas atingidas causou impactos na saúde das crianças. O trabalho, parte do Projeto Bruminha, acompanhou 217 crianças com até 6 anos de idade em três comunidades afetadas pela tragédia.

A pesquisa encontrou um aumento de 75% nos relatos de alergia respiratória nas crianças expostas à poeira da barragem em comparação com uma comunidade não afetada. As chances de desenvolver alergia respiratória também foram três vezes maiores nesse grupo.

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A faixa etária acima de 4 anos foi a mais impactada, com 68,3% das crianças apresentando rinite, sinusite ou otite; 72,2% com pneumonia, asma, sibilos ou bronquite; e 59,4% com queixas de alergias. Os problemas de saúde foram mais frequentes em meninos, possivelmente devido à maior exposição a ambientes externos.

Dessa forma, o estudo reforça a necessidade de medidas de reparação que considerem os impactos à saúde da população, especialmente das crianças. Os autores do estudo defendem que os novos resultados sejam usados para aprimorar as ações de assistência no âmbito do SUS. Assim, garantir recursos adicionais para ações de saúde.

Enfim, a tragédia de Brumadinho, que ocorreu em 25 de janeiro de 2019, resultou em 272 mortes e causou grandes danos socioambientais. Em fevereiro de 2021, a Vale firmou um acordo de reparação de R$ 37,68 bilhões. Contudo, as populações atingidas criticam o processo, alegando que ainda há muito a ser feito.

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