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Piratininga é cenário de filme com superprodução e grande elenco

O filme “Avenida Beira-Mar”, cuja história se passa toda em Piratininga, está sendo gravado na bela praia homônima, na Região Oceânica de Niterói. Programado para estrear em 2024 nos cinemas de todo Brasil, a obra é uma produção de Elo Studios, Produtora Viralata e TELECINE. Esta semana – sem chuvas – está sendo de gravação e filmagens intensas nesta linda e paradisíaca orla.

Estrelado por Andrea Beltrão e Isabel Teixeira, o filme tem direção e roteiro de Maju de Paiva e Bernardo Florim. Conta com a produção de Sabrina Nudeliman, Gabriel Correa e Castro e Sergio Pedrosa. E se passa nos anos de 1990, e conta a história de uma bela relação de amizade entre duas crianças: Mika e Rebeca. As veteranas interpretam as mães das meninas, numa trama que promete entregar muita emoção e provocar uma reflexão social muito necessária.

Personagens

Atriz intérprete de Mika – Foto: Folha do Leste ₢ Todos os Direitos Reservados – Proibida a reprodução

A personagem Mika é uma menina transgênero, ou seja, nasceu menino, mas se identifica como menina. Já Rebeca é cisgênero, nasceu menina e se identifica como menina. No filme, as crianças estão na faixa dos 11, 12 anos de idade e não enxergam toda a maldade que existe no mundo em volta das questões de gênero.

Atriz intérprete de Rebeca – Foto: Folha do Leste ₢ Todos os Direitos Reservados – Proibida a reprodução

De acordo com o produtor Gabriel Corrêa e Castro, cada uma das meninas, da sua forma, tenta conquistar o seu espaço no mundo, carregando pesos diferentes. Rebeca, entrando na adolescência, como toda menina, jovem, porém insegura, tentando se encontrar como menina; e Mika tentando se provar como menina e obter esse reconhecimento.

 

Gabriel Corrêa e Castro, da Viralata Produtora Foto: Thiago Freitas/Folha do Leste ₢ Todos os Direitos Reservados – Proibida a reprodução

 

A família da Mika não aceita. Se hoje é difícil as pessoas entenderem a natureza de cada um, imagine nos anos de 1990. As famílias não aceitavam, e aí as pessoas se omitiam, deixavam as coisas escondidas, e a personagem da Mika não, ela tem certeza absoluta que ela é menina e se entende dessa forma. Ela luta para provar quem ela é”, disse Gabriel.

 

Memória afetiva com Piratininga

As belezas naturais de Piratininga estarão inseridas no filme. No entanto, o que a produção está buscando é uma Piratininga de antigamente, como destaca o produtor Gabriel Corrêa e Castro, da Viralata. Ele é filho do consagrado ator Cláudio Corrêa e Castro, e morou no bairro com o pai de 1994 até 2004. Gabriel afirma que tinha exatamente a idade das meninas na época em que o filme se passa.

 

“As grandes referências do filme, de certa forma fazem parte da minha vida também, desde a Kombi que passa para buscar para levar para escola, eu ficava ali na Acúrcio Torres esperando passar pra me levar para o Colégio, ‘eu estudava no Itapuca’, onde eu estudava na época, então tem todas essas lembranças. Piratininga era um lugar isolado, não tinha especulação imobiliária ainda, havia natureza, a proximidade entre a Lagoa e a Praia, onde as crianças podiam brincar tranquilas, sem se preocupar com roubos, asfaltos, então a gente vai gravar bastante na praia, principalmente na Pedra da Baleia”, argumenta.

 

Sobre as mudanças que a região vem sofrendo nos últimos anos, o diretor fala que, apesar de não ter nascido em Niterói, ele a considera a sua cidade Natal.

 

Todas as minhas referências de vida estão aqui. E vejo Piratininga muito diferente. Temos muitos benefícios. Temos uma ciclovia que ficou superbonita, toda essa reestruturação que eu vi nessa parte da lagoa também achei isso muito bacana, só vejo muito trânsito, acho que o trânsito ficou violento. Eu adoro Piratininga. Lembro exatamente do tempo que eu andava de bicicleta por aí, indo no Tibau, voltando, na época que nem tinha a ponte do Tibau ainda”, recordou.

 

Vida real

Na tela e na vida, a personagem Mika escritora Andrea Gerassi têm uma história que se entrelaça. Assim como Mika, a filha da escritora é transgênero. Nasceu menino, mas se identificava como menina. No entanto, o que difere a personagem do filme e a história do livro é o apoio da família.

 

Livro

 

A relação com a filha levou Andrea a escrever um livro: “Encontros”, à em diversas plataformas digitais. Um trecho da sinopse do livro diz:

Uma história de amor entre o luto e o renascimento do meu próprio filho. Amor não se define, não tem gêneros, não tem classe social, amor não tem raça amor tem humanidade. Convido, a conhecerem, ou melhor, participarem em nossos encontros, eu, e minha pequena grande filha trans menina”.

 

Niterói no cinema

Niterói também é cenário do filme brasileiro recordista de público e bilheteria: Minha Mãe é Uma Peça 3, de Paulo Gustavo. Que a cidade siga inspirando artistas e conquistando público pelo Brasil e mundo afora.

 

 

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2 Comentários

  1. Nossa! Que legal. Eu morei nessa praia. É um fato triste e marcante que foi o sequestro de meu pai,filho do meu avô. O saudoso Locutor e radialista das décadas de 70 e 80,Luiz Jatobá.

  2. Fico ansioso para estréia do O filme “Avenida Beira-Mar quero relembrar toda minha infância vendo imagens maravilhosas desse paraíso.

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