
Foto: Reprodução – Internet
Niterói, uma cidade do estado do Rio de Janeiro, realizou uma pesquisa inovadora para entender como os jovens locais se posicionam em relação às mudanças climáticas e ações de preservação ambiental. O objetivo era avaliar a percepção dos jovens sobre o tema e os efeitos que têm presenciado em seu cotidiano.
A pesquisa, intitulada “E aí, jovem? Vamos conversar sobre mudanças climáticas e suas possíveis consequências?”, foi conduzida pelo aplicativo Colab.re, que contou com a participação de mais de 500 jovens de diferentes áreas da cidade. O resultado revelou que 92,96% dos participantes já vivenciaram fenômenos climáticos extremos, como inundações, ondas de calor e deslizamento de terra.
Além disso, a pesquisa mostrou que 46,37% dos jovens consideram questões ambientais em suas ações diárias. Cerca de 20% deles buscam economizar energia, reduzir resíduos e economizar água. Outros 18,47% acreditam que economizar água, usar meios de transporte sustentáveis e plantar árvores são medidas eficazes para ajudar o planeta.
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Os resultados da pesquisa foram apresentados na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), realizada em Dubai. A delegação de Niterói levou um documento contendo todas as informações coletadas durante o levantamento, destacando a preocupação da juventude com o clima e a importância de ações assertivas na busca por uma sociedade mais resiliente às emergências climáticas.
O perfil dos jovens que participaram da pesquisa indica que eles têm entre 20 e 29 anos, sendo que 50,73% são do sexo feminino. Além disso, a maioria acessa a internet por meio de dispositivos móveis, preferencialmente celulares.
Com o intuito de enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas, a cidade de Niterói criou, há dois anos, a Secretaria Municipal do Clima, que desenvolve políticas de prevenção, adaptação e mitigação de danos relacionados ao clima. Essa é a única pasta específica do país voltada para essa finalidade.
O secretário do Clima, Luciano Paez, ressaltou a importância de entender as demandas da juventude para a formulação de políticas públicas eficazes. Ele destacou a criação do Fórum das Juventudes e a parceria com a Coordenadoria da Juventude de Niterói como iniciativas fundamentais para dar voz a essa faixa etária e engajá-la nas discussões sobre o clima.
A coordenadora de Políticas Públicas para a Juventude, Luísa Assumpção, ressaltou que a pesquisa foi fundamental para orientar as políticas públicas da cidade. Ela destacou a preocupação dos jovens com a emergência climática e a importância de oportunidades de formação e empregos verdes.
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A pesquisa foi conduzida pela plataforma Colab.re, um recurso importante para coletar informações e definir políticas públicas no município de Niterói. O coordenador de comunicação digital e relacionamento com os cidadãos, Fernando Stern, elogiou a participação ativa dos jovens na consulta pública e agradeceu o conhecimento demonstrado por eles sobre as mudanças climáticas.
As respostas da pesquisa se transformaram em uma Carta das Juventudes de Niterói sobre as emergências climáticas, que foi desenvolvida durante a 6ª Conferência Municipal de Juventude, realizada no final de setembro. Esse manifesto destaca os impactos das mudanças climáticas e a importância das ações para buscar justiça climática.
Niterói está consolidando seu compromisso com o meio ambiente e a conscientização sobre as mudanças climáticas, levando suas preocupações e ideias para o âmbito internacional, na COP28. A cidade se destaca como exemplo de engajamento e participação da juventude na busca por um futuro mais sustentável.