Leste FluminenseNiterói

Pedido de pastor por segurança gera embate religioso na Câmara de Niterói

Pedido de pastor por segurança gera embate religioso na Câmara de Niterói

Foto: Reprodução Rede Sociais

O pedido por mais policiamento, feito pelo pastor Ozeas Antunes Corrês Neto, do Centro Evangelístico Internacional (CEI) de Niterói, gerou um embate religioso entre os vereadores Paulo Eduardo Gomes (PSOL) e Douglas Gomes (PL), na Câmara Municipal.

Após o vereador Fabiano Gonçalves (Cidadania) ler o ofício escrito pelo líder religioso, Paulo Eduardo criticou o pastor. O socialista afirmou que a medida visa “sumir” com pessoas em situação de vulnerabilidade social.

“Em nome de Jesus, querem enfiar o cacete em todo mundo e sumir com a população suja e viciada da rua. Tenho impressão, em determinados momentos, que se Jesus viesse a esse mundo de novo, ia entrar no cacete. Iam chamar, inclusive, a Guarda Municipal”, afirmou.

Em seguida, Paulo Eduardo reconheceu que há uma concentração de usuários de drogas na Rua Lemos Cunha, onde fica a igreja, mas defendeu que a polícia deve combater os traficantes, e não os usuários. Para o parlamentar, estes últimos devem ser atendidos por órgãos de assistência social, porque dependência química é problema de saúde, não de segurança.

“Em nenhum momento, o pastor se dirige à assistência social e sim faz o chamamento ao 12º BPM. É fato que há uma concentração enorme de pessoas ali, mas cadê o orçamento da assistência social? O ‘cracudo’ não fabrica a droga”, enfatizou.

“Leia mais notícias sobre Niterói aqui”

Douglas Gomes discordou da postura do psolista e afirmou que faria uma “defesa pública do pastor”. O vereador do PL disse a Paulo Eduardo que a CEI realiza trabalhos sociais com pessoas em vulnerabilidade.

“Ou você é cristão ou comunista. Os dois, não consegue. Sobre o pastor Ozeas, quantas alimentações vossa excelência dá? Ele dá 500 por semana. Faça um trabalho social do nível dele, depois fale da igreja”, frisou.

Pedido de pastor por segurança gera embate religioso na Câmara de Niterói

Foto: Reprodução – Redes Sociais

Em seguida, Douglas defendeu o pedido de policiamento, feito por Ozeas, para que a igreja possa dar sequência ao trabalho social realizado.

“O que o pastor precisa é de apoio e segurança pública. O trabalho social, a igreja já faz dando apoio psicológico e psiquiátrico, sem depender da Prefeitura. Vossa excelência é contra os cristãos? Tem que haver o carro de polícia ali para que os membros da igreja continuem fazendo seu trabalho social”, acrescentou.

O pedido

Em ofício endereçado ao comandante do 12º BPM (Niterói), tenente-coronel Aristheu de Góes, o pastor Ozeas denunciou que há dezenas de consumidores de crack na região onde fica a igreja.

“Os membros de nossa instituição estão encontrando dificuldades para chegar à igreja por conta de uma aglomeração de usuários de drogas. São mais ou menos 30 usuários, trazendo medo e receio sobre nossos membros, de chegar aos nossos cultos”, disse o pastor.

Desse modo, o pastor solicitou que o batalhão disponibilize uma viatura para ficar em frente ou ao lado do templo, em dias e horários e cultos, nas noites de terças e quintas-feiras e nas manhãs e noites de domingo.

 

Itaipu-Itaipuaçu: Caminhão causa grave acidente na RJ-102, a estrada da SerrinhaItaipu-Itaipuaçu: Caminhão causa grave acidente na RJ-102, a estrada da Serrinha

Você também pode gostar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *