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Caçamba de caminhão levanta e atinge passarela, que desaba e causa morte de motorista em Magé, RJ

Caçamba de caminhão levanta, passarela desaba e causa morte de motorista em Magé, RJ

Caçamba de caminhão levanta, passarela desaba e causa morte de motorista em Magé, RJ

Da Redação — A cena mortal registrada na manhã desta quarta-feira (19) no km 124 da BR-116 revela o quanto um segundo, em certos casos, faz diferença. Segundo testemunhas, a caçamba de um caminhão levantou e atingiu uma passarela de travessia de pedestres. Como resultado, a estrutura toda veio abaixo. Entretanto, na pista contrária, um Fiat Uno fazia seu percurso ao mesmo tempo que a passarela desaba sobre ele, e causa a morte de seu motorista no bairro Vila Inca, em Magé, Região Metropolitana do estado do Rio de Janeiro — RJ.

A estrutura desabou de uma vez só, esmagando a cabine do veículo como se fosse papel. Por outro lado, o impacto deixou o caminhoneiro preso entre as ferragens. As equipes de resgate correram. Contudo, apenas para remediar o cenário de caos irreversível.

Vida ceifada num instante

A princípio, a vítima fatal se trata de José Antonio Leal da Mota Mendes, de 62 anos. A morte do trabalhador veio antes de qualquer cálculo sobre trânsito, rotas alternativas ou boletins operacionais. A vida dele parou ali, no meio da pista, sob o peso absurdo de uma estrutura que não deveria ter caído.

Enquanto os bombeiros tentavam acessar a cabine destruída, houve a interdição da rodovia em ambos os sentidos. A Ecovias Rio Minas confirmou o fato, bem como a versão das testemunhas às 10h:

“A caçamba de um caminhão levantou no km 124 e atingiu uma passarela, que cedeu. A rodovia está totalmente interditada nos dois sentidos. Bombeiros e equipes da Ecovias Rio Minas estão no local”.

Caos no trânsito em véspera de feriadão

Tratava-se apenas do primeiro boletim oficial de uma tragédia que já tinha nome, rosto e família.

A partir daí, a manhã virou uma corrida para evitar um colapso total.

A concessionária improvisou uma passagem pela faixa de domínio para liberar o trânsito no sentido Norte. Permitiu, pelo menos, um fluxo lento  em um sentido da pista.

Enquanto isso, do outro lado, a retirada do corpo e da estrutura exigia equipamentos pesados. Às 10h45, houve a ampliação da operação para tentar aliviar a retenção crescente.

Os boletins seguintes mostraram apenas o círculo da dor se abrindo mais: às 11h10, o trânsito estava intenso do km 197 ao 196, do 187 ao 185 e também entre os kms 183 e 182. O engarrafamento tratava-se do efeito colateral — grave, mas secundário diante da morte e tragédia registrada no local. Sobretudo, quando percebemos que  mais vidas poderiam ter sido ceifadas naquele instante.

Ecovias Rio Minas orienta motoristas para que usem outras rotas

O início da tarde trouxe a orientação para rotas alternativas. Às 12h16, a concessionária indicou o Arco Metropolitano (RJ-493) para quem saía do Rio. Igualmente, a Ecovias Rio Minas apontou a Rio-Friburgo (RJ-122) como melhor opção para quem descia a serra em direção à capital.

No ponto do acidente, a passagem emergencial passou a operar nos dois sentidos, numa tentativa de impedir que a BR-116 parasse completamente.

Às 13h20, o último boletim ainda mostrava fluxo pesado, com lentidão entre os kms 198 e 196 (Norte), 186 e 185 (Norte), e 184 e 182 (Sul). Na BR-465, em Seropédica, o tráfego seguia carregado nos dois sentidos.

A remoção da passarela derrubada exigiu corte técnico e manobra de guindastes até que a estrutura fosse colocada no canteiro central. O guincho pesado ainda trabalha para liberar o sentido Sul. Mas nada disso traz de volta o motorista que perdeu a vida antes que qualquer operação começasse.

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